2008-01-02 15:07:54

A estabilização da região dos Balcãs, prioridade da presidência eslovena da UE


(2/1/2008) A Eslovénia substituiu, no dia 1 de Janeiro, Portugal, na presidência semestral rotativa da União Europeia (UE) com a grande responsabilidade de coordenar a política externa comum europeia numa altura em que o Kosovo se prepara para declarar independência face à Sérvia.
Este país alpino com dois milhões de habitantes que aderiu à UE em 2004, entrou no início de 2007 na Zona Euro e a 21 de Dezembro último no espaço Shengen, é uma nação independente há apenas 16 anos e o primeiro dos países ex-comunistas a liderar o bloco europeu.
O primeiro-ministro esloveno, Janez Jansa, anunciou há uma semana que a estabilização da região dos Balcãs será a sua prioridade durante o semestre em que assumirá a presidência da UE.
Apesar do seu estatuto de pequeno país da UE, a Eslovénia pode estar bem colocada para fazer a diferença no actual xadrez político dos Balcãs.
A Sérvia, o Kosovo e a Eslovénia pertenceram no passado à Federação Jugoslava e os observadores ocidentais esperam que a Eslovénia utilize agora os seus antigos "laços de família" para ajudar a encontrar uma solução sobre o futuro estatuto do Kosovo, uma das questões mais sensíveis do panorama político internacional.
Os Estados Unidos e a maioria dos países da UE estão dispostos a reconhecer a independência do Kosovo porque o território não está sob controlo da Sérvia desde 1999, quando a NATO interveio para parar a ofensiva militar do antigo presidente sérvio Slobodan Milosevic contra os separatistas.
A Sérvia, apoiada pela Rússia, insiste que o Kosovo - considerado o berço medieval da nacionalidade Sérvia - deve continuar a fazer parte do seu território, e pede mais negociações com o Kosovo e com a Albânia. O ministro dos Negócios Estrangeiros da Eslovénia, Dimitrij Rupel, reconheceu que o país vai enfrentar uma tarefa muito difícil na mediação entre os seus "amigos" kosovares e sérvios, trabalhando também ao mesmo tempo para manter coesa a UE.
Mas a Eslovénia também terá a responsabilidade de continuar o trabalho da presidência portuguesa na área do acompanhamento do processo de ratificação do Tratado de Lisboa em todos os Estados-membros, que se espera esteja concluído "o mais rapidamente possível".








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