No primeiro Angelus de 2008, Bento XVI recordou “o empenho de fazer da humanidade
uma verdadeira comunidade de paz”
(1/1/2008) "Quem, mesmo inconscientemente, combate a instituição familiar, debilita
a paz na comunidade inteira, nacional e internacional, porque enfraquece aquela que
é efectivamente a principal agência de paz”: estas palavras da mensagem papal para
o Dia Mundial da Paz foram retomadas por Bento XVI, ao meio-dia, na alocução antes
do Angelus, com dezenas de milhares de fiéis congregados na Praça de São Pedro e
os muitos outros em ligação directa através da rádio ou da televisão. Recordando
também aqui o tema desta Jornada da Paz – “Família humana, comunidade de paz”, observou
o Papa:
“O mesmo amor que constrói e mantém unida a família, célula vital
da sociedade, favorece o instaurar-se entre os povos da terra daquelas relações de
solidariedade e de colaboração que correspondem a membros da única família humana”.
/ “Existe uma estreita ligação entre família, sociedade e paz”.
Considerando
“importante que cada um assuma as suas próprias responsabilidades perante Deus”, Bento
XVI recordou “o empenho de fazer da humanidade uma verdadeira comunidade de paz”.
Entre a multidão concentrada na Praça de São Pedro, encontravam-se uns 20
mil participantes na Marcha da Paz promovida pela Comunidade de Santo Egídio. A
concluir a alocução, introduzindo já as Ave-Marias, o Papa invocou “Maria, Mãe do
Príncipe da paz”:
“Maria, Mãe do Príncipe da paz, sustente a Igreja no seu
agir incansavelmente ao serviço da paz, e ajude a comunidade dos povos, que em 2008
celebra o sexagésimo aniversário da Declaração universal dos direitos do homem, a
percorrer um caminho de autêntica solidariedade e de paz estável”.
Depois
da recitação das Ave Marias, nas saudações pronunciadas em diversas línguas, o Papa
começou por agradecer ao presidente da República italiana, Giorgio Napolitano, pelos
votos e saudações que lhe dedicou no discurso dirigida à nação, no final do ano. “De
bom grado retribuo a sua saudação, fazendo os melhores votos para a sua alta missão
e a favor da concórdia e prosperidade do amado povo italiano” – disse Bento XVI.
Não
faltou uma saudação em língua portuguesa: “A todos os peregrinos de língua
portuguesa, uma cordial saudação com votos de feliz Ano Novo, cheio das bênçãos do
Céu que Jesus Cristo nos trouxe e oferece a todos!”