2007-12-28 13:14:53

PREFEITO DA CONGREGAÇÃO PARA AS IGREJAS ORIENTAIS COMENTA AS ATIVIDADES DA IGREJA NA TERRA SANTA


Cidade do Vaticano, 28 dez (RV) - O Prefeito da Congregação para as Igrejas Orientais, Cardeal Leonardo Sandri, em entrevista ao jornal L’Osservatore Romano, recorda que "a comunidade católica mundial deve se comprometer a cultivar a dimensão da caridade cristã, pois reflete o anúncio do Natal que teve inicio na Terra Santa".

O cardeal salientou que "a Igreja Católica é herdeira de uma responsabilidade especial para com aqueles que hoje vivem na Terra Santa, pois desde o início da Redenção, essa comunidade, tem vivido com a grande família cristã as pegadas da passagem histórica do seu Senhor".

Na entrevista o Cardeal chama a atenção para o papel da Congregação para as Igrejas Orientais, que tem um "dever de garantir em primeiro lugar, a solidariedade espiritual e material para com todos os habitantes de Israel e da Palestina". No campo da liberdade religiosa o Cardeal recordou que esse direito não pode ser apenas expresso nos documentos oficiais, mas deve ser "assegurado nas práticas das relações sociais normais".

Diz ainda o prelado: "A proteção dos seus direitos deve ser assegurada com convicção, mesmo quando a política, a diplomacia, a cultura, a economia são obrigadas a reconhecer sua incapacidade em proteger os direitos de todos. Com realismo, temos que afirmar que o futuro da Terra Santa é inseparável das instituições religiosas que operam no território e dos laços de solidariedade que elas podem estabelecer com o mundo".

Segundo o Prefeito da Congregação para as Igrejas Orientais, "a Terra Santa não deve ser encarada como uma preocupação entre muitas outras. É prioridade para a Igreja Católica e para os cristãos, como o é o ecumenismo e o diálogo inter-religioso". Na entrevista o Cardeal Leonardo Sandri lança uma pergunta que, em seguida, ele mesma dá uma resposta. Podem a Igreja e instituições civis da Europa e do mundo deixar de lado o compromisso com a paz estabelecida, mesmo no nosso tempo, com a Terra Santa?

Segundo o Cardeal, "os cristãos da Terra Santa experimentam fortemente a escuridão do presente e não vêem humanamente as luzes do futuro. Não perderemos o encontro com a sua história, se nós os apoiarmos em todos os sentidos, fisicamente e espiritualmente, porque não podemos esquecer que a porta da escuridão foi aberta para sempre".

Sobre as relações com os judeus e os muçulmanos, o cardeal recordou, que em relação a outras tantas partes do mundo, em Israel e na Palestina os católicos, vivem diariamente lado a lado, e portanto, se empenham fortemente no entendimento comum.

Sobre os conflitos na Terra Santa, o prelado recordou a necessidade de "oração e trabalho em prol da paz, em primeiro lugar, com a sensibilização de todas as instâncias locais e internacionais envolvidas no processo de paz elaborado para toda a região do Médio Oriente". (SP- RR)







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