NA FESTA DE SANTO ESTÊVÃO, PAPA DENUNCIA: CRISTÃOS AINDA HOJE SÃO PERSEGUIDOS, PRESOS
E TORTURADOS POR SUA FÉ
Cidade do Vaticano, 26 dez (RV) - "No mundo de hoje, os cristãos ainda são
perseguidos, presos e torturados por sua fé em Cristo, e, algumas vezes, também sofrem
e morrem por sua comunhão com a Igreja universal e Por sua fidelidade ao papa."
Essa
foi a denúncia feita por Bento XVI na manhã desta quarta-feira, dia 26, durante a
oração mariana do Angelus, na Praça São Pedro, dedicada à memória litúrgica de Santo
Estevão _ primeiro mártir cristão.
"Quantos filhos e filhas da Igreja seguiram
seu exemplo ao longo dos séculos _ sublinhou o papa. Desde a primeira perseguição,
em Jerusalém, até a praticada pelos imperadores romanos e a longa lista dos mártires
de nossos dias..."
"Ainda hoje, não raramente, temos notícias, de várias partes
do mundo, de missionários, bispos, religiosos, religiosas e fiéis leigos perseguidos,
presos, torturados, privados da liberdade ou impedidos de exercê-la, por serem discípulos
de Cristo e apóstolos do Evangelho."
"Ainda se sofre e se morre por causa
da comunhão com a Igreja universal e pela fidelidade ao papa" _ lamentou Bento XVI.
O papa prosseguiu, recordando a experiência do mártir vietnamita Paul Le-Bao-Thin
(morto em 1857), frisando que seu sofrimento se transformou em alegria, mediante a
força da esperança que provém da fé.
"Como Cristo e em união com Ele, "aceitou,
no seu íntimo, a cruz e a morte; e a transformou num gesto de amor. Aquilo que, visto
de fora, parece violência brutal, tornou-se, a partir o de seu interior, um ato de
amor e de doação total. Assim, a violência pode se transformar em amor, e a morte,
em vida. O mártir cristão torna atual a vitória do amor sobre o ódio e a morte."
Em
suas saudações após a oração mariana, o papa pediu que os fiéis mantivessem, nestes
dias, o clima espiritual de alegria e serenidade do Natal, e concedeu a todos a sua
benção apostólica. (CM/AF)