Terra Santa, uma prioridade para a Igreja Católica: preocupa o êxodo dos cristãos
(24/12/2007) A Terra Santa não deve ser considerada uma preocupação entre outras.
Ela é a prioridade para a Igreja católica e para os cristãos, como è a prioridade
ecuménica e interreligiosa Afirmou o cardeal Leonardo Sandri, Prefeito da Congregação
para as Igrejas Orientais numa entrevista ao Osservatore Romano. Os cristãos na Terra
Santa não vivem uma situação serena: os cristãos da Terra Santa experimentam pesadamente
a obscuridade do presente e humanamente não vislumbram luzes para o futuro. Vivem
uma condição de dupla minoria: sentem-se uma minoria em relação a Israel porque são
em grande parte palestinianos e no interior do proprpio povo palestiniano sofrem pela
exiguidade numérica e porque às vezes são considerados representantes de um mundo
ocidental hostil. A falta de uma paz estável – acrescenta – gera imensas problemáticas
sociais e politicas, tornando grave a penúria de postos de trabalho, de habitações,
de educação e de assistência. A chaga que daí deriva é a emigração. Corremos o
perigo de ver desaparecer dos lugares santos da redenção as pedras vivas, os fiéis
e os pastores que ali celebrem os mistérios de Cristo. A emigração cristã, em particular,
assumiu um ímpeto preocupante. Contudo, acrescenta o cardeal Sandri, não se deve
esquecer que os católicos, os irmãos das Igrejas e das comunidades eclesiais cristãs,
os hebreus e os muçulmanos vivem diariamente uns ao lado dos outros. Paradoxalmente
nenhuma contradição da historia pode dividi-los fisicamente quando o eram e são ainda
sob o perfil espiritual. Este facto constitui o” unicum” insuperável daquela Terra. As
relações entre as várias comunidades não são sempre fáceis e verificam-se tensões
nem sempre de matriz religiosa que assim mortificam os esforços envidados e tornados
intensos pelo Concilio Ecuménico Vaticano II que efectuou uma opção ecuménica irreversível
e deu impulso ao encontro interreligioso. A concluir o cardeal Leonardo Sandri
dirige o seu pensamento directamente aos irmãos e irmãs na fé que na terra Santa dão
um admirável e sofredor testemunho humano e cristão.