(21/12/2007) A Conferência Episcopal de Moçambique mostrou-se preocupada com o “turvo”
ambiente político que se vive no país, afirmando que os cidadãos ainda se sentem “inseguros”
devido a actual democracia “titubeante e incerta”. Em comunicado, os bispos afirmam
que a Igreja Católica tem vindo a acompanhar a situação social do país, mas acham
que, neste momento, ela está “mergulhada em mil e um problemas”. Na mesma nota,
o organismo episcopal revela ainda “preocupação” pela eventual “partidarização das
instituições sociais e de direito ao acesso ao emprego, justamente aquelas que devem
ser indicadoras e lugares da democracia numa sã sociedade”. “Somos também testemunhas
do facto de que a vida do povo continua a ser dramaticamente dura, devido a graves
carências de todo tipo e a deficiente capacidade de compra por parte do povo”, apontam.
“O flagelo do HIV/Sida na nossa sociedade não deixa ou não deveria deixar ninguém
com ilusões, pois, ele continua, e cada vez mais, ceifando vidas e fazendo desaparecer
famílias inteiras”, referem os Bispos, que denunciam “a prostituição e a promiscuidade,
quase institucionalizadas, são queiramos ou não os principais veículos do HIV/Sida”.
Redacção/Lusa