Em Paris, conferência de doadores, para dar aos povos de Israel e Palestina a paz.
(18/12/2007) O presidente palestiniano, Mahmud Abbas, foi a Paris à Conferência de
Doadores pedir dois "presentes" de Natal muitos milhões de dólares (5,6 mil milhões
até 2010) para evitar uma catástrofe humanitária, e o fim da colonização israelita.
A comunidade internacional (EUA, UE, Japão, França, Rússia, Coreia do Sul e Alemanha,
entre outros) abriu os cordões à bolsa (1,6 mil milhões em 2008) e Abbas sorriu. Quanto
ao segundo pedido... ver-se-á.
O presidente anfitrião deu o mote ("Dêem aos
povos de Israel e da Palestina o melhor dos presentes a paz!") e as 90 delegações
de organizações internacionais e de organismos financeiros de 70 países, responderam
positivamente e prometeram, como pediu Nicolas Sarkozy, "ser generosos e audaciosos".
Para
o êxito da doação contribuiu decisivamente o aval do Fundo Monetário Internacional
(FMI) e do Banco Mundial (BM), que garantiram ser "a primeira vez que um plano tão
completo é apresentado", alertando, contudo, para o facto de o sucesso palestiniano
passar também pela colaboração israelita, "nomeadamente quanto à livre circulação
de pessoas e bens na região".
Mas o FMI e o BM também consideram existir obstáculos
internos, já que em Gaza - por exemplo - " são os próprios políticos palestinianos
que não se entendem". Por outro lado, a Rússia defende o que chama de "solução
global" e na qual "têm de participar a Síria e o Líbano".
Comentando a Conferência
de Paris, o primeiro-ministro israelita, Ehud Olmert, mostrou-se optimista, dizendo
que "uma economia palestiniana forte é essencial para que israelitas e palestinianos
convivam em paz".