2007-12-14 13:27:11

BISPOS SUL-AFRICANOS DENUNCIAM DISCRIMINAÇÃO CONTRA IMIGRANTES ZIMBABUANOS


Pretória, 14 dez (RV) - Os bispos sul-africanos denunciam as discriminações de que sofrem os cidadãos de Zimbábue, imigrados na África do Sul, por causa da grave crise política e econômica em seu país.

Num comunicado, o presidente da Conferência Episcopal Sul-africana, Dom Buti Joseph Tlhagale, arcebispo de Johannesburgo, afirma que os zimbabuanos "chegam à África do Sul em busca de condições de sobrevivência para si mesmos e suas famílias. Eles são mais do que trabalhadores imigrantes. Esses homens e, em menor número, mulheres e crianças, são refugiados, por causa da crise política e econômica em seu país".

Segundo Dom Tlhagale, "nos últimos nove meses, as condições de vida da população em Zimbábue se deterioraram a ponto que a sobrevivência se tornou uma luta cotidiana, para a maior parte da população". "Em Bulawayo, por exemplo, realizaram-se de 50 a 60 funerais nos meses de julho e agosto de 2006. Em julho de 2007, houve 746 sepultamentos e 867 em agosto" _ acrescenta o arcebispo.

"Apesar das terríveis condições de Zimbábue, essas pessoas não são bem recebidas quando chegam à África do Sul" _ afirma o presidente dos bispos sul-africanos. "Fazemos com que se sintam indesejados em nossas igrejas e em nossas comunidades. São explorados, recebendo muito menos do que o salário mínimo estipulado pelos sindicatos e são ameaçados de ser denunciados à polícia, quando se lamentam do nosso comportamento" _ declara.

"Como devemos nos comportar como cristãos?" _ pergunta-se Dom Tlhagale. "Nossa resposta, como Igreja e como nação, deve ser a caridade e o zelo. Cada um de nós pode aprender e ensinar com as pessoas que nos circundam. Devemos olhar para os refugiados zimbabuanos, em primeiro lugar, como irmãos e irmãs necessitados, ao invés de uma ameaça" _ conclui. (BF)







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