São Paulino de Nola (séc. IV-V), tema da Audiência geral desta quarta-feira 12 de
Dezembro
(12/12/2007) Na audiência geral desta quarta-feira, perante uns cinco mil peregrinos
congregados na Aula Paulo VI, do Vaticano, Bento XVI ilustrou a figura de São Paulino
de Nola, contemporâneo e amigo de Santo Agostinho.
Originário de uma família
rica, fez estudos brilhantes e desempenhou num primeiro tempo funções políticas, como
governador da Campânia (na zona de Nápoles), cargo em que se distinguiu pela sabedoria
e pela cordialidade – observou o Papa. O contacto com a fé simples e intensa do povo
foi o caminho que o conduziu à conversão, não obstante as dificuldades e provações
que essa opção para ele representou. Posto de lado pelos responsáveis políticos, recebeu
inicialmente de Santo Ambrósio, em Milão, e depois em Bordéus (donde era originário)
a sua primeira formação cristã, recebendo aí o baptismo das mãos do bispo local, São
Delfim.
Casou-se com uma nobre de Barcelona, Teresia, da qual teve um filho
que morreu com poucos dias de existência. Paulino sentiu-se chamado a seguir totalmente
Cristo, numa vida de oração, meditação das Escrituras, ascese e exercício da caridade.
Retirou-se então, juntamente com a esposa, em Nola (na Campânia), onde fundou uma
comunidade monástica.
Quando morreu o bispo de Nola, em 409, foi escolhido
para lhe suceder. Na sua vida pastoral dedicou especial atenção aos pobres, doando-lhes
todos os seus bens. Era na Escritura – através da “lectio divina” - que encontrava
inspiração para toda a sua existência.
“Os seus escritos são cantos de fé
e de amor, que exprimem nomeadamente um grande sentido da Igreja como mistério de
unidade, levando os fiéis à amizade e à comunhão espiritual, sob a condução do Espírito
Santo. Que o testemunho de Paulino de Nola nos ajude também a compreender o ensinamento
do Concílio sobre a Igreja como íntima comunhão com Deus e da unidade do género humano.”
Não
faltou, também desta vez, uma saudação aos peregrinos de língua portuguesa:
Ao
saudar cordialmente os peregrinos e ouvintes de língua portuguesa, especialmente os
que vieram de Portugal, dou-lhes as boas-vindas e faço votos por que todos vivam com
alegria o tempo natalício que se avizinha, na prática das boas obras, especialmente
nos seus lares, pelos caminhos da salvação de Cristo: muito Boas Festas e um Feliz
Ano Novo, com a minha Bênção Apostólica!