DOM MAMBERTI NA OSCE: DEFENDER LIBERDADE DE TODAS AS RELIGIÕES
Cidade do Vaticano, 05 dez (RV) - O secretário vaticano das Relações com os
Estados, Dom Dominique Mamberti, pediu aos ministros das Relações Exteriores, participantes
do 15º Conselho Ministerial da Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa
(OSCE), que não se escondam atrás do princípio do "consenso", nem se satisfaçam com
"condenações genéricas" contra a discriminação religiosa, porque "os cristãos continuam
sofrendo preconceitos, estereótipos, discriminação e violência".
Em 29 de novembro
passado, o representante vaticano participou do encontro realizado em Madri, que reuniu
cerca de 50 ministros das Relações Exteriores dos 56 Estados-membros da OSCE.
"Para
promover a dignidade humana de modo integral _ destacou o arcebispo _ a OSCE deve
combater, eficazmente, a intolerância e a discriminação contra cristãos, judeus e
muçulmanos, e membros de outras religiões. Essa questão é um importante problema político
e de segurança. A discriminação religiosa só pode ser combatida com eficácia, se todas
as religiões forem igualmente respeitadas e protegidas."
Depois de recordar
que o Parlamento Europeu adotou, recentemente, uma resolução que deplora episódios
que colocam em risco a existência dos cristãos e de outras comunidades religiosas,
Dom Mamberti assinalou que a OSCE pode se sentir orgulhosa de ser uma das primeiras
organizações a ter dado o alarme sobre a discriminação dos cristãos.
Nesse
contexto, Dom Mamberti _ de nacionalidade marroquina _, disse que não devemos nos
esconder atrás do princípio do "consenso" para evitar atuar de modo efetivo, nem podemos
nos satisfazer com condenações genéricas. "Ao contrário, esse consenso _ sublinhou
_ deve ser um estímulo para proteger as liberdades fundamentais e, acima de tudo,
a liberdade religiosa de todos os fiéis e comunidades religiosas."
Dom Mamberti
relevou ainda, que a OSCE é chamada "a criar um espaço de liberdade e de direito"
e assinalou que, para isso, deve "promover, continuamente, a dignidade da pessoa humana,
e defender os direitos e valores intrínsecos de todos os homens e mulheres".
O
secretário vaticano das Relações com os Estados finalizou, afirmando: "Creio ser essencial
que continuemos nos opondo ao tráfico de seres humanos e à exploração sexual das crianças".
(CM/AF)