SANTA SÉ E ONGs REAFIRMAM VONTADE DE COLABORAR EM ESPÍRITO DE COMUNHÃO
Roma, 03 dez (RV) - Concluiu-se neste domingo, o primeiro fórum das organizações
não-governamentais (ONGs) de inspiração católica, realizado em Roma, de 30 de novembro
a 2 de dezembro.
Segundo um comunicado da Sala de Imprensa da Santa Sé, o
fórum "evidenciou a riqueza e a importância da presença e da atividade de tais organizações
nos diferentes setores da vida da sociedade, em todas as partes do mundo".
A
nota afirma ainda, que "o diálogo e o intercâmbio recíproco de experiências reforçaram
nos participantes, a vontade de colaborar entre si e com a Santa Sé, em espírito de
comunhão, como também encontrar modalidades aptas para tal fim".
A partir de
sua originalidade, conclui a Santa Sé, as ONGs de inspiração católica continuarão
a oferecer sua contribuição às instâncias nacionais, regionais e internacionais sobre
as temáticas de maior relevo, para o bem integral de toda a pessoa e de todas as pessoas.
A
propósito, o discurso do papa aos participantes do fórum, no sábado, desencadeou polêmicas
que, segundo o Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Pe. Federico Lombardi, foram
o resultado de uma errônea interpretação por parte da imprensa.
"O papa afirmou,
textualmente, que, muitas vezes, o debate internacional parece ser marcado por uma
lógica relativista, mas em nenhum momento disse que é "dominado" pelo relativismo
moral" _ explicou Pe. Lombardi.
Ele deplorou o fato que o discurso do pontífice
tenha sido interpretado pela imprensa como um ataque à ONU, e que, após terem distorcido
o conteúdo das palavras do papa, os jornalistas tenham pedido comentários ao porta-voz
da ONU.
A ONU, por sua vez, respondeu, afirmando que as Nações Unidas nascem
de um acordo entre Estados, e que a organização se baseia na Declaração Universal
dos Direitos Humanos. Segundo o vice porta-voz da ONU, Farhan Haq, os povos são os
protagonistas da organização, que sempre tenta incluir o maior número possível de
interlocutores. E concluiu: "Não existe alguma polêmica entre o papa e as Nações Unidas".
Pe.
Lombardi afirmou ainda, que "a leitura errada do discurso tem como objetivo fazer
manchete, mas pode causar graves mal-entendidos e tensões injustificadas". Ele recordou
que "Bento XVI, como seus predecessores, está totalmente consciente da importância
das Nações Unidas para a paz e a defesa dos direitos humanos, tanto é verdade que
aceitou, de bom grado, o convite para visitar, em 2008, a sede da ONU em Nova York".
(BF/CM/AF)