2007-12-04 17:21:21

SANTA SÉ E ONGs REAFIRMAM VONTADE DE COLABORAR EM ESPÍRITO DE COMUNHÃO


Roma, 03 dez (RV) - Concluiu-se neste domingo, o primeiro fórum das organizações não-governamentais (ONGs) de inspiração católica, realizado em Roma, de 30 de novembro a 2 de dezembro.

Segundo um comunicado da Sala de Imprensa da Santa Sé, o fórum "evidenciou a riqueza e a importância da presença e da atividade de tais organizações nos diferentes setores da vida da sociedade, em todas as partes do mundo".

A nota afirma ainda, que "o diálogo e o intercâmbio recíproco de experiências reforçaram nos participantes, a vontade de colaborar entre si e com a Santa Sé, em espírito de comunhão, como também encontrar modalidades aptas para tal fim".

A partir de sua originalidade, conclui a Santa Sé, as ONGs de inspiração católica continuarão a oferecer sua contribuição às instâncias nacionais, regionais e internacionais sobre as temáticas de maior relevo, para o bem integral de toda a pessoa e de todas as pessoas.

A propósito, o discurso do papa aos participantes do fórum, no sábado, desencadeou polêmicas que, segundo o Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Pe. Federico Lombardi, foram o resultado de uma errônea interpretação por parte da imprensa.

"O papa afirmou, textualmente, que, muitas vezes, o debate internacional parece ser marcado por uma lógica relativista, mas em nenhum momento disse que é "dominado" pelo relativismo moral" _ explicou Pe. Lombardi.

Ele deplorou o fato que o discurso do pontífice tenha sido interpretado pela imprensa como um ataque à ONU, e que, após terem distorcido o conteúdo das palavras do papa, os jornalistas tenham pedido comentários ao porta-voz da ONU.

A ONU, por sua vez, respondeu, afirmando que as Nações Unidas nascem de um acordo entre Estados, e que a organização se baseia na Declaração Universal dos Direitos Humanos. Segundo o vice porta-voz da ONU, Farhan Haq, os povos são os protagonistas da organização, que sempre tenta incluir o maior número possível de interlocutores. E concluiu: "Não existe alguma polêmica entre o papa e as Nações Unidas".

Pe. Lombardi afirmou ainda, que "a leitura errada do discurso tem como objetivo fazer manchete, mas pode causar graves mal-entendidos e tensões injustificadas". Ele recordou que "Bento XVI, como seus predecessores, está totalmente consciente da importância das Nações Unidas para a paz e a defesa dos direitos humanos, tanto é verdade que aceitou, de bom grado, o convite para visitar, em 2008, a sede da ONU em Nova York". (BF/CM/AF)







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