2007-12-01 14:15:36

Organizações internacionais não espezinhem o valor da vida, pediu Bento XVI que denunciou o relativismo moral que domina o sistema das Nações Unidas.


(1/12/2007) Decorre em Roma o primeiro encontro das Organizações Não-Governamentais (ONGs) de inspiração católica.
«Participam 85 ONGs que na sua presença e actividade no âmbito internacional têm como ponto de referência o ensinamento evangélico e a doutrina social da Igreja».
Trata-se de um importante momento de recíproco conhecimento, assim como de uma ocasião relevante para promover o diálogo e a colaboração das ONGs entre si e com a Santa Sé sobre os actuais temas globais e sobre os desafios e oportunidades que implicam».
Neste sábado Bento XVI recebeu em audiência no Vaticano os participantes., salientando no discurso que lhes dirigiu que a cooperação internacional não pode impor estilos de vida que espezinham o valor da vida.
O Papa chamou a atenção das Organizações não Governamentais para o perigo de perder de vista na sua acção de assistência a referencia aos valores éticos.
As discussões internacionais - é a denuncia do Papa – parecem caracterizadas por uma lógica relativista que desejaria considerar como única garantia de uma pacifica coexistência entre os povos a recusa a admitir a verdade sobre o homem e a sua dignidade.
Bento XVI recorda ao contrário a necessidade de uma ética baseada no reconhecimento de uma lei moral natural. Ignorá-la – afirmou – levou na realidade á imposição de uma noção da lei e da politica que no fim de contas gera sim um consenso entre os Estados, mas condicionado por interesses de breve alcance, ou manipulado pela pressão ideológica, a única verdadeira base das normas internacionais.
Segundo Bento XVI os frutos amargos desta lógica relativista, infelizmente são evidentes: pensemos por exemplo, na tentativa de considerar como direitos humanos as consequências de certos estilos de vida auto-centrados; a falta de preocupação pelas necessidades económicas e sociais das nações mais pobres; o desprezo pela lei humanitária e a defesa selectiva dos direitos humanos.
Encorajo-vos – concluiu o Papa dirigindo-se ás ONG’s católicas – a combater o relativismo de uma maneira criativa, apresentando a grande verdade sobre a inata dignidade do homem e os direitos derivados desta dignidade, como um conjunto de princípios éticos que, por sua natureza e pelo papel de fundamento da vida social, permanecem não negociáveis.








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