2007-12-01 18:51:39

BENTO XVI EXORTA ONGs CATÓLICAS A PROMOVEREM A DIGNIDADE HUMANA


Cidade do Vaticano, 1º dez (RV) - Bento XVI recebeu em audiência, na manhã deste sábado, cerca de 130 participantes do Fórum de organizações não-governamentais de inspiração católica.

O papa exortou as ONGs católicas a combaterem o relativismo, defendendo e apresentando de maneira criativa a grande verdade sobre a dignidade humana e sobre os direitos que dela derivam.

Bento XVI proferiu um discurso em defesa de uma ordem internacional fundada no reconhecimento da lei moral natural e não nas ideologias e interesses parciais.

Para o Santo Padre, as discussões sobre os grandes temas de interesse internacional são freqüentemente "marcadas por uma lógica relativista que considera a rejeição da verdade sobre o homem como a única garantia de uma coexistência pacífica entre os povos".

Nesse sentido, acrescentou: "Isso _ advertiu _ levou, de fato, à imposição de uma noção de lei e de política que, em última instância, "faz com que o consenso entre os Estados seja a única verdadeira base das normas internacionais". Por outro lado _ sublinhou o papa _ se trata de um consenso "às vezes condicionado por interesses, a curto prazo", um consenso "manipulado por pressões ideológicas."
 
Bento XVI sublinhou que a lógica do relativismo leva a resultados amargos, e frisou: "Os frutos amargos dessa lógica relativista são evidentes. Pensemos na tentativa de considerar os direitos humanos como meras conseqüências de certo estilo de vida, centralizado em si mesmo. E ainda: a falta de preocupação pelas necessidades econômicas e sociais das nações pobres, como também o desprezo pela lei internacional, e uma defesa seletiva dos direitos humanos."

O pontífice exortou as ONGs católicas a conhecerem a Doutrina Social da Igreja e a promovê-la internacionalmente.

"Esse empenho _ ressaltou o papa _ ajudará a elaborar de maneira adequada, as respostas aos vários temas que são debatidos hoje, além de desenvolver iniciativas específicas, animadas pelo espírito de solidariedade e liberdade."

"É necessário um espírito de solidariedade que promova esses princípios éticos, convencidos de que sua natureza profunda e sua função como base da vida social permanecem não negociáveis". Graças a esse espírito, se poderá trabalhar em colaboração com as várias ONGs e com os representantes da Santa Sé _ "com o devido respeito pelas diferenças de natureza, fins institucionais e metodologias de trabalho" _ sublinhou Bento XVI.

O papa finalizou, sublinhando os aspectos positivos da cooperação ente os governos: Uma cooperação _ disse o pontífice _ que depois da "trágica destruição das duas guerras mundiais, contribuiu de maneira significativa, para a criação de uma ordem internacional mais justa". (MJ/AF)








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