NA FAO, SANTA SÉ AFIRMA QUE SOMENTE A SOLIDARIEDADE PERMITE "OLHAR PARA O FUTURO COM
CONFIANÇA"
Roma, 24 nov (RV) - Está em andamento em Roma, a 34ª sessão da conferência
da FAO (Organização das NN. UU. para a Alimentação e a Agricultura). Na última quarta-feira,
tomou a palavra o chefe da delegação da Santa Sé, Mons. Renato Volante, afirmando
que a Santa Sé considera que a fome a desnutrição não somente impedem o pleno desenvolvimento
da personalidade de cada indivíduo, mas são também a clara negação dos seus direitos
fundamentais.
O diplomata vaticano reiterou que somente uma solidariedade
coerente permite "olhar para o futuro com maior confiança". Assim _ acrescentou _
torna-se sempre mais importante "envolver a família rural", que é expressão daquela
relação entre as gerações da qual provêm "valores e modelos de vida insubstituíveis,
que atuam também na atividade econômica".
Na área rural _ segundo Mons. Violante
_ a família "é sinônimo da continuação da vida e do trabalho, e se inspira numa solidariedade
em que o crescimento harmonioso de cada membro seja o primeiro objetivo, a começar
dos mais fracos".
O chefe da delegação vaticana reiterou o apoio da Santa
Sé a governos, organizações da sociedade civil e indivíduos que se esforçam em derrotar
o escândalo da fome. "A condição das pessoas que sentem fome _ advertiu _ é tão crucial
que todos deveriam colaborar para que as decisões políticas, econômicas e financeiras
sejam levadas em consideração."
Mons. Volante fez votos de que a FAO possa
prosseguir no seu esforço "de permitir que a tecnologia, as novas técnicas e os novos
recursos sejam aplicados na agricultura e, assim, fazer com que a produção e a distribuição
alimentar se tornem plenamente humanas". (BF/AF)