2007-11-23 20:10:26

BISPOS CATÓLICOS INGLESES E IRLANDESES SE PRONUNCIAM CONTRA O PROJETO DE LEI SOBRE A FERTILIDADE HUMANA E EMBRIOLOGIA


Glasgow, 23 nov (RV) – O projeto de lei sobre a Fertilidade Humana e Embriologia, (HFE - Human Fertilisation and Embryology Bill), que pode legalizar a criação de embriões híbridos (de óvulos humanos e de animais), tem gerado polêmicas na Grã-Bretanha e na Irlanda.

O cardeal-arcebispo de Saint Andrews e Edimburgo, Keith Michael Patrick O'Brien, e o arcebispo de Glasgow, Dom Mario Joseph Conti, que é presidente da Comissão Única Católica de Bioética da Grã-Bretanha e Irlanda, pronunciaram contra a proposta, conhecida antes como projeto de lei sobre o "Tecido humano e os embriões".

O projeto de lei atualiza o atual regulamento de reprodução artificial e de pesquisa com embriões no Reino Unido. Se aprovada, a lei vai legalizar a criação de embriões híbridos, fecundando óvulos animais com esperma humano e vice-versa, e permitirá que os casais de lésbicas sejam definidos como progenitores de crianças in vitro, sem nenhuma referência a um pai.

Os pastores da Igreja Católica consideram que o projeto não é justificável, em nome de uma legítima pesquisa científica, e denunciam que constitui "um precedente perigoso e supérfluo, que não respeita a dignidade da pessoa humana", recordando que tais práticas são proibidas no Canadá, na Austrália e em muitos países europeus. Eles destacam ainda, sua preocupação pelo fato de o projeto de lei enfraquecer o status natural dos pais e subverter os vínculos naturais entre progenitores e filhos.

"Estamos francamente desconcertados com as propostas que permitiriam a criação de organismos que superam a barreira da espécie" _ afirmou Dom Conti.

Além disso, consideram que "a proposta inclui um desenvolvimento inquietante na pesquisa com embriões, e abate os vínculos naturais da vida familiar ligados à procriação". Por isso, eles exortam o governo "a rever o papel da Autoridade sobre Fertilidade Humana e Embriologia, que se revelou completamente inadequada para enfrentar questões éticas" e propõem a criação de uma comissão consultiva nacional, para aconselhar de modo apropriado os governos sobre questões de bioética. (JD/AF)







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