VATICANO ANUNCIA MUDANÇAS NO SISTEMA SALARIAL DOS FUNCIONÁRIOS
Cidade do Vaticano, 22 nov (RV) - A Administração do Patrimônio da Sé Apostólica
(APSA) vai gastar mais com o pessoal a seu serviço. O anúncio foi feito ontem, após
a reunião entre os responsáveis pelos organismos do Vaticano e pelos departamentos
relacionados, presidida pelo cardeal secretário de Estado, Tarcisio Bertone.
A
APSA aprovou, portanto, novas disposições para a retribuição dos funcionários, incluindo
gratificações por mérito e o aumento das renumerações. Os novos parâmetros de retribuição
do pessoal _ enquadrado em dez categorias _ incluem, além dos aumentos, a introdução
da chamada "classe de mérito", dentro de cada categoria.
"Esta novidade introduz
no sistema salarial do Vaticano o elemento de incentivo e de remuneração que considera
fatores como dedicação, profissionalismo, rendimento e retidão" _ informa o comunicado
de imprensa da Santa Sé.
Todas essas normas entrarão em vigor no dia 1º de
janeiro próximo, mas o sistema de méritos registrará uma aplicação gradual. A partir
de 1º de janeiro, entrarão também em vigor, normas para a retribuição das horas extras,
que completam as já estabelecidas já nos meses passados.
A nota oficial admite
que essas mudanças, se por um lado significam vantagens para o pessoal vaticano, por
outro, sobrecarregam a Administração.
Nos organismos da Santa Sé trabalham
2.704 pessoas, 1.600 das quais, leigos. Esse pessoal está dividido em duas secções
da Secretária de Estado, nove Congregações, três Tribunais, 11 Conselhos Pontifícios,
a Câmara Apostólica, a Prefeitura da Casa Pontifícia, o Departamento para as Celebrações
Litúrgicas do Sumo Pontífice, a Sala de Imprensa da Santa Sé, o Departamento Central
de Estatísticas da Igreja, 5 Comissões Pontifícias e 2 Comitês Pontifícios, além de
3 Academias Pontifícias.
Além disso, existem as instituições ligadas à Santa
Sé: 118 Nunciaturas Apostólicas e nove sedes junto de organismos internacionais, o
Arquivo Secreto, o Sínodo dos Bispos, a Elemosineria Apostólica, a Livraria Editora
Vaticana, a Tipografia Vaticana, o "L'Osservatore Romano", a Rádio Vaticano e o Centro
Televisivo Vaticano. (CM/AF)