2007-11-21 11:18:40

Bispos europeus e africanos enviam carta aos Chefes de Estado dos dois continentes sobre o escândalo das novas escravidões


(21/11/2007) Experimentamos o nosso ser católicos, no sentido de universais e aprofundamos a responsabilidade comum que temos em relação ao escândalo das novas escravidões, afirma D. Aldo Giordano, secretario geral do conselho das conferencias episcopais europeias
Na conclusão do seminário de estudo “ conheço os sofrimentos do meu povo”. A escravidão e as novas escravidões, promovido pelo conselho das conferencias episcopais da Europa (CCEE)e pelo simpósio das conferencias episcopais de África e Madagáscar – SECAM.
O seminário foi organizado por ocasião dos 200 anos da abolição da escravidão na África Ocidental.
“Acerca da escravidão histórica emergiu que tantos os europeus como os africanos têm um trabalho que devem levar por diante para se chegar á reconciliação das memórias - afirma D. Giordano. Uma reconciliação tanto mais importante diante do escândalo das novas escravidões, que assume o rosto de milhares de raparigas obrigadas a prostituírem-se, das centenas de milhares de crianças –soldado, e das pessoas obrigadas a trabalhos forçados ou á exploração económica.”
Durante os trabalhos emergiu o sofrimento das vitimas da moderna escravidão. Um sofrimento que porém não deixa indiferente a Igreja. No seminário de estudo que decorreu na cidade ganesa de Cape Coast de 13 a 18 de Novembro, foram apresentadas as numerosas iniciativas do mundo católico para denunciar o escândalo da exploração dos seres humanos e socorrer as vitimas: em particular a obras de varias congregações religiosas femininas a favor das mulheres e rapariga obrigadas á prostituição forçada..
Existem depois as iniciativas de denuncia e de solidariedade de dioceses, paroquias, associações católicas e conferencias episcopais. Do seminário emergiram três linhas de acção para combater este triste fenómeno – salienta D. Aldo Giordano. A primeira consiste na denuncia a nível eclesial e de opinião publica, do escândalo insuportável da exploração dos seres humanos. A segunda dis respeito á formação universal, do clero á sociedade civil, para que as pessoas sejam capazes de dar respostas ao problema. terceira prevê a sensibilização do mundo politico para que enfrente a questão.
Sobre este último ponto os Bispos africanos e europeus escreveram uma carta aos Chefes de Estado africanos e europeus que será apresentada na próxima cimeira Europa – Africa que decorrerá em Lisboa no próximo mês de Dezembro.
Na carta – como antecipa D. Aldo Giordano – pede-se que seja enfrentado o escândalo da exploração dos seres humanos, e também que se encontre uma solução para as causas profundas que levam milhões de seres humanos a entregarem-se a organizações criminais para tentar nova sorte na Europa. Não podemos esquecer que a injusta divisão dos bens da terra gera fenómenos como aquele da imigração clandestina e da exploração dos seres humanos.
A comissão Justiça e Paz do SECAM publicou recentemente um estudo sobre a necessidade de conjugar solidariedade e desenvolvimento para combater as novas formas de escravidão. Os Bispos europeus desejam dar uma maior difusão possível a este importante documento.
A colaboração entre as igrejas africanas e europeias será aprofundada no próximo seminário entre os bispos dos dois continentes que terá lugar na Inglaterra em Novembro de 2008. O seminário de estudo será dedicado á imigração e em particular ás perspectivas pastorais da imigração








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