A pastoral nos cuidados dos doentes idosos em debate no Vaticano
(16/11/2007) Decorre no Vaticano a 22ª Conferência Internacional sobre o tema “A
pastoral nos cuidados dos doentes idosos”, promovida pelo Conselho Pontifício para
a Pastoral no campo da Saúde. Em representação de Portugal, encontra o Pe. Vitor Feytor
Pinto, Coordenador Nacional da Pastoral da Saúde. O tema não podia ser mais actual:
O Cardeal Javier Lozano Barragán, Presidente do Conselho Pontifício, referiu que vivem
390 milhões de pessoas com mais de 65 anos. Prevê-se que, em 2025, esse número atinja
os 800 milhões”. As doenças crónicas são mais comuns entre as pessoas de idade
avançada, a par de deficiência da vista, da audição e das funções mentais. Perante
esta realidade, os participantes da Conferência querem encontrar formas de dar melhor
assistência pastoral a essas pessoas, com a contribuição de especialistas nas
áreas da ciência, filosofia e teologia pastoral, e a partir dos pontos de vista do
Judaísmo, do Islamismo e Hinduísmo. Para o Cardeal Barragán este encontro reflecte
sobre uma das etapas mais importantes da vida das pessoas, manifestando também uma
preocupação pelo cuidado pastoral a ter com os doentes neste momento das suas vidas.
O Dia Mundial do Doente foi dedicado, este ano, ao drama dos que se encontram a morrer
por causa de doenças terminais. Na sua mensagem para esta ocasião, o Papa fez questão
de ressaltar a necessidade de mais centros de cura paliativa, que ofereçam cuidados
integrais, proporcionando assim aos doentes "a assistência humana e o acompanhamento
espiritual de que precisam". "Trata-se de um direito que pertence a cada ser humano,
e todos nós temos o dever de nos comprometermos em defendê-lo", escreveu Bento XVI.
Em Agosto deste ano, a Congregação para a Doutrina da Fé publicou uma série de
respostas a perguntas da Conferência Episcopal dos Estados Unidos sobre a alimentação
e hidratação artificiais. O texto reafirmava um critério ético geral, segundo o qual
a administração de água e alimento, mesmo se feitas por vias artificiais, representa
um meio natural de conservação da vida e não um tratamento terapêutico. O seu uso
deve portanto considerar-se ordinário e proporcionado, mesmo quando o “estado vegetativo”
se prolongar.