MINORIAS RELIGIOSAS NO PAQUISTÃO SE UNEM CONTRA ESTADO DE EMERGÊNCIA EM FAVOR DA DEMOCRACIA
Islamabad, 12 nov (RV) – As minorias religiosas no Paquistão, juntamente com
movimentos civis, protestaram contra a declaração do "estado de emergência" no Paquistão.
Cristãos e hinduístas foram mobilizados e reivindicam o restabelecimento das liberdades
individuais e a garantia dos direitos humanos. Vários cristãos empenhados na luta
pelos direitos humanos foram presos e sofreram ameaças.
Alguns líderes religiosos
assinaram um documento, pedindo ao general Musharraf para que volte a vigorar a Constituição,
suspensa com a aplicação do "estado de emergência".
O líder político cristão,
Julius Salik, tem criticado abertamente a censura dos meios de comunicação e a repressão
posta em prática pelo governo. Entre os ativistas presos, estão alguns membros da
Comissão de Direitos Humanos do Paquistão que, reunidos em assembléia, foram definidos
pela polícia, que considerou a reunião "ilegal". Entre eles há quatro cristãos: dois
membros da Comissão "Justiça e Paz", da Conferência Episcopal Paquistanesa e duas
integrantes da organização de mulheres cristãs. Os quatro foram libertados poucos
dias depois, mas sofreram graves intimidações.
Muitos cristãos, muçulmanos
e hindus que aderiram ao Partido Popular Paquistanês, chefiado pela ex-primeira-ministra,
Benazhir Bhutto, foram presos durante uma blitz.
Enquanto a imprensa local
define a situação no país como normal, o Supremo Tribunal do Paquistão se prepara
para analisar os recursos apresentados contra a reeleição de Pervez Musharraf, votada
pelo Parlamento no dia 6 de outubro passado, e que deve ser deliberada até o próximo
fim de semana. (RR/AF)