Bispos da Venezuela a favor da serenidade e do diálogo perante a proposta de Reforma
Constitucional: respeitar as opiniões de todos e dizer não á violência fisica e verbal.
(13/11/2007) No passado dia 8, os Bispos da Venezuela publicaram um comunicado no
qual pedem o fim das agressões e que se evitem confrontos violentos entre venezuelanos. Segundo
os Bispos, perante a proposta de Reforma Constitucional, apoiada por alguns e posta
em discussão por outros, a Venezuela está a viver momentos de grande intensidade politica
que levaram a legitimas manifestações de estudantes, mas também a actos de violência
verbal e física que perturbam a paz. Portanto, com a finalidade de promover o necessário
clima de convivência social, a Conferencia Episcopal Venezuelana lança um apelo ao
inteiro povo venezuelano e em particular aos Podres nacionais, aos dirigentes sociais,
políticos e estudantis , de todos os sectores ou área politica, para que coloquem
o seu empenho em agir com serenidade, com espírito realmente democrático, no âmbito
da Constituição e das leis, para manter a paz e evitar qualquer acto de violência
que recusamos de onde quer que provenha. Os Bispos recordam que as manifestações
pacificas são expressão legitima da pluralidade politica, reconhecida pela Constituição.
Por isso não devem ser julgadas á priori como iniciativas de conspiração destabilizadora.
Além disso o Estado e o governo devem garantir que todos os venezuelanos possam gozar
dos direitos humanos, particularmente do direito a manifestar pacifica e publicamente
o seu acordo ou desacordo com a proposta de Reforma Constitucional sem serem objecto
de ataques ou ofensas. AO mesmo tempo os Bispos deploram os actos de violência que
se verificaram nalgumas Universidades e que devem ser sancionados devidamente . Perante
esta situação, os Bispos pedem aos dirigentes políticos e ás autoridades nacionais
“bom senso e o respeito de todos os venezuelanos, ponderação e tolerância politica,
e que resolvam os conflitos com coragem, utilizando o diálogo e o acordo para superar
as diferenças. Ao mesmo tempo reafirmam a sua disponibilidade a “favorecer o encontro
no dialogo construtivo e a continuar a trabalhar no cumprimento da sua missão evangelizadora,
para que a Venezuela seja realmente de todos, seguindo juntos nos caminhos da verdade,
da justiça, da liberdade e da paz.”