Adiar a resolução no conflito israelo palestiniano é perpetuar uma injustiça: salientou
o Observador Permanente da Santa Sé na ONU
(13/11/2007) Adiar a resolução no conflito israelo palestiniano é equivalente
a perpetuar uma injustiça. A denúncia foi apontada pelo Observador Permanente da Santa
Sé na ONU, em Nova York, D. Celestino Migliore, que afirmou não poder ser ignorada
a instabilidade no Oriente Médio atribuindo a responsabilidade de resolver a crise
à comunidade internacional. D. Celestino Migliore apontou o contributo que as
diferentes confissões religiosas da Terra Santa podem dar, para a solução do conflito.
A propósito dos imigrantes constatou, com amargura que, muitas vezes, a situação
dos refugiados não é bem definida. Por isso, é necessário garantir instrumentos legais
que protejam as pessoas que se vêem forçadas a abandonar a própria terra por causa
de guerras, pobreza ou desastres naturais. Mas a dignidade humana “deve ser sempre
preservada”, assegura, sejam elas “refugiados ou migrantes sem documentos”. O
Observador Permanente da Santa Sé na ONU pediu mais empenho por parte da comunidade
internacional, para acolher os refugiados e deslocados no Iraque. No centro do
seu discurso, esteve também o deslocamento dos refugiados do Congo, Chade, Darfur,
Afeganistão e Iraque. D. Celestino Migliore quis chamar a atenção sobre o drama
dos refugiados, vítimas de ataques violentos baseados em crenças políticas ou religiosas.
“É o maior êxodo dos últimos anos”. Recordou que as agências das Nações Unidas
para os refugiados tem um papel fundamental, “através do qual a comunidade internacional
pode proteger os que são forçados a sair das suas casas”. Os estado têm o dever
de apoiar “financeiramente” estas situações, apontou o Observador Permanente da Santa
Sé na ONU que acrescentou ser urgente pensar numa “coordenação internacional”, especificamente
apostando na adopção de “instrumentos legais”. A dignidade dos refugiados não
pode ser posta em causa, “violada ou ignorada”, pois a sua liberdade e direitos “são
cimeiros a qualquer consideração legal ou política”.