2007-11-12 13:22:42

ATO DE SOLIDARIEDADE A PE. LANCELLOTTI REÚNE 250 EM SÃO PAULO


São Paulo, 12 nov (RV) - Aproximadamente 250 pessoas homenagearam, neste domingo, Pe. Júlio Lancellotti, na Paróquia de São Miguel Arcanjo, na Mooca, Zona Leste de São Paulo, onde foi realizado um ato em solidariedade ao sacerdote. Em um culto que reuniu representantes de várias religiões, inclusive o rabino Henry Sobel, Pe. Lancellotti se emocionou e reafirmou sua inocência.

O sacerdote manifestou sua preocupação de que as acusações contra ele se transformem no que definiu como "guerra religiosa". Desde setembro, o padre está sendo acusado por Anderson Marcos Batista, um ex-interno da FEBEM (Fundação do Bem-estar do Menor), de ter mantido relações sexuais com ele, em troca de ajuda financeira. Em depoimento. Pe. Júlio disse à polícia que o ex-interno, que está preso, extorquiu dinheiro dele.
"Não podemos ter uma guerra religiosa. Nenhuma Igreja deve usar isso para destruir outra. Quem pensa diferente de nós, deve respeitar. Temos que respeitar os budistas, os muçulmanos, os judeus", disse Pe. Júlio, sem citar nomes. Ele também reclamou que o trabalho social da Igreja Católica voltado aos pobres e excluídos é alvo de perseguição.
Durante o evento, católicos e budistas presentes na paróquia cantaram músicas bíblicas como "A verdade o libertará" e "Canção da América", de autoria de Milton Nascimento. Muitas crianças freqüentadoras das entidades nas quais o padre atua, presentearam-no com rosas vermelhas e pássaros brancos feitos de papel.
Também esteve na paróquia o rabino Henry Sobel. Ele passou pelo local rapidamente, alegando ter um casamento marcado para o fim da tarde. Antes de ir embora, Sobel afirmou que o padre merece direito de defesa. "Ninguém é culpado por antecipação", disse.
Pe. Júlio só falou no altar. Ele disse que estava emocionado e agradeceu a todos pelo apoio. O sacerdote afirmou se sentir constrangido por causar sofrimento a pessoas que acompanham sua trajetória. "Eu sinto causar dor a essas pessoas, como minha mãe, de 84 anos, e a comunidade que me acompanha, nos meus 22 anos de trabalho". (CM)








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