2007-11-11 18:42:55

ANGELUS: APELO DO PAPA PELAS ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS NO LÍBANO


Cidade do Vaticano, 11 nov (RV) - Bento XVI assomou, ao meio-dia de hoje, à janela de seus aposentos, para rezar a habitual oração mariana do Angelus, com os fiéis, peregrinos, e turistas reunidos na Praça São Pedro.

Na alocução que proferiu antes da oração mariana, o Santo Padre refletiu sobre a figura de São Martinho de Tours, um dos santos mais famosos e venerados na Europa, que a liturgia celebra neste penúltimo domingo do Tempo Comum.

Martinho nasceu na Panônia _ atual Hungria _ de pais pagãos, por volta do ano 316. Por desejo do pai, seguiu a carreira militar, mas, ainda adolescente, descobriu o Cristianismo. Após superar muitas dificuldades, freqüentou o curso para catecúmenos em preparação ao Batismo, que recebeu com a idade de 20 anos.

Permaneceu no exército por muitos anos ainda, dando seu testemunho de fé cristã, com uma titude de respeito e compreensão para com todos. Tratava seus subalternos como um irmão e evitava diversões vulgares.

Ao concluir a carreira militar, foi ter com o bispo de Poitiers, na França, Santo Hilário, que o ordenou diácono e sacerdote. Escolheu a vida monacal, fundando, com alguns companheiros, o mais antigo mosteiro da Europa, em Ligugé.

Dez anos mais tarde, Martinho foi aclamado bispo de Tours, pelos cristãos da cidade. Desde então, dedicou-se com zelo apostólico à evangelização dos camponeses e à formação do clero. São Martinho fez muitos milagres, mas, sobretudo, destacou-se por sua caridade fraterna.

O papa recordou um episódio da vida de Martinho: "Quando ainda era um jovem soldado, encontrou pela estrada um pobre, que tremia de frio. Então, tomou seu manto, cortou-o à metade, com sua espada, e com uma das partes cobriu aquele homem. À noite, Jesus lhe apareceu, em sonhos, sorridente, envolvido naquela metade de manto."

"Que São Martinho _ exortou Bento XVI, dirigindo-se aos presentes _ nos ajude a compreender que, somente mediante o empenho comum da partilha, é possível responder ao grande desafio do nosso tempo: o de construir um mundo de paz e de justiça, onde todas as pessoas possam viver com dignidade."

Isso só poderá acontecer, porém _ observou _ se prevalecer o modelo mundial da autêntica solidariedade, para assegurar a todos os habitantes do Planeta, o alimento, a água e os cuidados médicos necessários, mas também o trabalho e os recursos energéticos, os bens culturais e o saber científico e tecnológico.

O pontífice concluiu sua alocução, invocando a ajuda de Nossa Senhora, para que ajude todos os cristãos a serem, como São Martinho de Tours, testemunhas generosas do Evangelho da Caridade e incansáveis construtores da partilha solidária.

Antes de concluir o encontro com os fiéis, peregrinos e turistas, o Santo Padre recordou que, nos próximos dias, a Assembléia Nacional Libanesa vai eleger o novo Chefe de Estado. Trata-se de uma passagem crucial para o país e suas instituições, razão pela qual, o papa fez uma exortação: "Faço minhas as preocupações manifestadas, recentemente, pelo patriarca maronita, Sua Beatitude o Cardeal Nasrallah Píerre Sfeir, assim como seus auspícios de que todos os libaneses possam identificar-se no novo presidente. Peçamos a Nossa Senhora do Líbano _ disse ainda o pontífice _ para que inspire a todas as partes envolvidas, o necessário desapego de todos os interesses pessoais, e uma verdadeira paixão pelo bem comum."

Logo após o apelo em favor do Líbano, o Santo Padre lembrou aos presentes, que hoje se celebra, na Itália, o Dia de Ação de Graças, que tem como tema: "Custódios de um território amado e servido". O papa sublinhou que, hoje em dia, os agricultores não são somente produtores de bens essenciais para a vida, mas são também custódios do ambiente natural e do patrimônio cultural.

Por isso, Bento XVI convidou os fiéis a agradecerem a Deus pelos dons da criação, e a rezarem para que os camponeses possam viver e atuar, com serenidade e prosperidade, e cuidar do ambiente, pelo bem de todos. (MT/AF)







All the contents on this site are copyrighted ©.