GRUPO "IRMÃOS MUÇULMANOS" PROIBIRÃO PRESIDÊNCIA A MULHERES E CRISTÃOS
Cairo, 07 nov (RV) – O grupo islâmico intitulado "Irmãos Muçulmanos" _ a maior
força política opositora no Egito, apesar de ser ilegal _ incluiu em sua plataforma
política a proibição de que uma mulher ou um cristão possam assumir a presidência
do país.
O "número dois" do grupo, Mohamed Habib, disse à agência de notícias
espanhola _ EFE _ que a organização "adotou uma posição definitiva sobre essa questão".
"Nossa postura _ explicou _ baseia-se na Xariá (a lei islâmica), em nossos ensinamentos
e nas expectativas do Estado e de toda a nação."
Não obstante, Habib revelou
que o grupo enviou seu programa político, com a inclusão dessas últimas posturas _
acerca das mulheres e dos cristãos _ a numerosos intelectuais, analistas, escritores
e observadores políticos, para "saber a opinião deles a esse propósito".
Em
reação à propostas dos "Irmãos Muçulmanos", o empresário multimilionário copta, Naguib
Sawiris, afirmou ao diário independente "Al Mas ri al Yom", que "nenhum cristão, no
Egito, está esperando que os "Irmãos Muçulmanos" se dignem a dar aos coptas, o direito
de ser ou não presidentes do país". "Nós, coptas, também somos egípcios e damos as
boas-vindas a quem quer que governe o país com justiça" _ acrescentou Sawiris.
O
grupo "Irmãos Muçulmanos" _ criado em 1928 e declarado ilegal em 1954 _ participa
das eleições com candidatos independentes, para driblar o veto, e ocupa 88 das 454
cadeiras do Parlamento egípcio. (AF)