Bispos portugueses preparam centenário da implantação da República
(7/11/2007) Com o aproximar da celebração do centenário da implantação da República,
D. Jorge Ortiga, Presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), disse que “devemos
estar presentes para que a interpretação dos acontecimentos seja exacta”. Afirmação
feita no início dos trabalhos da Assembleia extraordinária dos bispos portugueses
esta terça feira em Roma, e integrada na Visita «Ad Limina». E acrescentou: “esta
data não pode passar despercebida e necessitamos de, serena e desapaixonadamente,
sintonizar com a heroicidade dos pastores e cristãos daquela época para crescermos
no amor à Igreja na actualidade”. Apesar das diferentes características temporais,
"não ignoramos a nossa história e com ela construímos o futuro" - proferiu.
Num
discurso com três pontos, o presidente da CEP realçou também que “no campo da operacionalidade
pode ser oportuno reconhecer a necessidade duma presença mais activa e participativa
no delinear de projectos de índole nacional que não só não diminuem a individualidade
de cada diocese mas que a potenciam”. Aos bispos presentes na Assembleia Plenária,
D. Jorge pede uma "maior colaboração na proposta de temáticas a abordar, mais reflexão
pessoal para maior profundidade e variedade na abordagem dos temas propostos". Com
o aproximar da assinatura do Tratado Reformador (13 de Dezembro), D. Jorge Ortiga
sublinha que “teremos de nos consciencializar, ainda mais, da nossa integração na
União Europeia”. O chamado Tratado Reformador “parece ser portador de alguma esperança
que nos deve comprometer”. Numa laicidade justa, “toca-nos o dever de mostrar que
Cristo une e aproxima culturas”. “Nesta dimensão «positiva» não podemos ignorar outras
realidades que serão uma interpelação para a nossa pastoral” – completa (Em ecclesia)