(7/11/2007) A Turquia tem de eliminar as restrições à liberdade de expressão e religião,
se pretende que a União Europeia (UE) abra os próximos capítulos das negociações para
a entrada daquele país no grupo europeu. O aviso foi feito esta terça feira em Bruxelas,
pelo comissário responsável pelo Alargamento, Olli Rehn na apresentação do relatório
anual que a Comissão Europeia realiza sobre o ponto de situação das negociações de
adesão dos países candidatos a integrar a UE - Turquia e Croácia -, mas também com
aqueles com que negoceia ou tem já um Acordo de Associação e Estabilização (AAE).
Bruxelas
pretende que a Turquia elimine o artigo 301.º do seu Código Penal que restringe a
liberdade de expressão, ou poderá ver o processo "congelado", já que esta "deve ser
um elemento de referência" para abrir o capítulo da discussão sobre questões judiciais
e direitos humanos, declarou o comissário responsável pelo alargamento . A Sérvia,
por outro lado, porque tem cooperado com as investigações do Tribunal Penal Internacional
sobre crimes de guerra, assina esta quarta feira o Acordo de Associação e Estabilização.
A possibilidade de entrar na União, um prémio de bom comportamento que Bruxelas
oferece a Belgrado pela colaboração do país balcânico com a justiça internacional.
O comissário pediu ainda à Sérvia e ao Kosovo que fossem "construtivos" nas negociações
sobre o estatuto da província, de forma a alcançar uma solução consensual que, na
opinião de Rehn, será "muito melhor do que qualquer solução imposta". O comissário
responsável pelo alargamento deixou mais recados para outros tantos países que anseiam
entrar na UE. A Croácia está no bom caminho, mas a antiga República da Macedónia,
a Bósnia Herzegovina, o Montenegro e a Albânia têm ainda de trabalhar mais, sobretudo
no que diz respeito ao combate da corrupção.