2007-11-06 17:11:02

MORRE UM IMIGRANTE POR DIA, NA FRONTEIRA ENTRE MÉXICO E EUA


Nuevo Laredo, 06 nov (RV) - Pelo menos um imigrante clandestino morre, a cada dia, em sua tentativa de deixar o México e entrar nos Estados Unidos, denunciou o missionário italiano, Pe. Francisco Pellizzari, durante uma missa pelos imigrantes mortos, na cidade fronteiriça mexicana de Nuevo Laredo.

Pe. Pellizzari, diretor da "Casa do Migrante Nazareth", disse à agência de notícias espanhola _ EFE _ que a primeira celebração eucarística pelos imigrantes mortos foi feita em Tijuana, em 1997. Atualmente, as missas por essas vítimas são oficiadas em cidades fronteiriças do norte e sul do México e na Guatemala.

O missionário disse que, até agora, só este ano, 345 pessoas morreram na fronteira, em sua tentativa de emigrar para os EUA. Após o endurecimento da política migratória dos EUA, e do aumento da vigilância na fronteira norte-americana, a média de mortos aumentou para uma morte por dia.

Pe. Pellizzari acrescentou que, desde 1994 _ ano em que deu início à sua missão, na fronteira entre os dois países _ foram registradas mais de 4.500 mortes de imigrantes. Todavia, esse número pode ser mais elevado, visto que muitos corpos nunca foram recuperados.

O pior ano para os imigrantes clandestinos foi 2005, com 516 mortes. Em 2006, essa cifra caiu para 485.

"Como pessoas de fé, acreditamos que é importante orar pelas pessoas que morreram, sobretudo pelas famílias dos imigrantes que morreram e não foram identificados, que são muitos" _ afirmou o missionário, acrescentando que o objetivo das missas na fronteira é criar uma consciência sobre a situação socioeconômica dos imigrantes e sobre seus direitos. (AF)







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