2007-11-02 19:45:12

"L'OSSERVATORE ROMANO" CONVOCA A COMBATER VIOLÊNCIA CONTRA OS MENORES


Cidade do Vaticano, 02 nov (RV) – Alinhando-se com os governos de todo o mundo, que lutam para erradicar a violência contra as crianças, desce em campo o "L'Osservatore Romano", órgão de notícias da Santa Sé, publicando a denúncia da secção italiana da ONG "Save the children", que promoveu nos dias passados, em Roma, um seminário intitulado "A violência contra meninos e meninas". O evento contou com o co-patrocínio da Comissão Parlamentar Italiana para a Infância.

O drama da violência contra a infância "não tem fronteiras geográficas ou sociais" _ denunciou Valerio Neri, diretor-geral da "Save the children", em declaração ao "L'Osservatore Romano". O fenômeno atinge milhões de menores, até mesmo nos países desenvolvidos, porque está enraizado numa cultura e comportamentos que não reconhecem a criança como sujeito de direitos e como pessoa.

A violência contra as crianças pode assumir diversas formas: trabalho forçado, casamento obrigado e alistamento militar, entre outras. O jornal vaticano fala de mais de 250 mil meninos e meninas-soldados, além de 275 milhões de crianças que, a cada ano, presenciam episódios de violência doméstica, capazes de marcá-las _ psicológica e emocionalmente _ para o resto de seus vidas.

Mais de 218 milhões de crianças são obrigadas a trabalhar, devendo, por isso, renunciar aos estudos. Cerca de 126 milhões estão envolvidas em atividades perigosas. Quase 6 milhões de menores são forçados a trabalhar, para pagar dívidas. Cerca de dois milhões são explorados na prostituição e na pornografia, enquanto um milhão e 200 mil são vítimas do tráfico de menores, destinado a alimentar a prostituição e a pornografia.

No seminário realizado em Roma sobre esse fenômeno, destacou-se que grande parte dos menores no mundo não conta com uma adequada proteção e tutela jurídicas. Em mais de 78 países, de todo o mundo, ainda são admitidos os castigos corporais às crianças, como medidas disciplinares. E em 106 países, tais medidas punitivas nas escolas não são proibidas por lei.

A propósito do drama da infância, o presidente do Pontifício Conselho "da Justiça e da Paz", Cardeal Renato Raffaele Martino, em declaração ao "L'Osservatore Romano", advertiu que permanecem sem solução e inclusive até mesmo se agravam, alguns aspectos da violência contra as crianças, tais como o tráfico de menores, o trabalho infantil, o fenômeno dos "meninos de rua", a utilização de crianças em conflitos armados, o casamento forçado de meninas, e a exploração infantil no sujo comércio da pornografia. (SP/AF)








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