DIA DE FINADOS: BENTO XVI REZA POR SEUS PREDECESSORES
Cidade do Vaticano, 02 nov (RV) - No dia em que a Igreja recorda os fiéis defuntos,
Bento XVI reza, na cripta vaticana, pelos pontífices que o precederam.
No Angelus
desta quinta-feira, solenidade de Todos os santos, o papa convidou os fiéis a rezarem
por aqueles que concluíram a vida terrena, "oferecendo também os sofrimentos e o cansaço
diários, a fim de que, completamente purificados, eles sejam aceitos, para gozar eternamente
a luz e a paz do Senhor".
Nestes seus dois anos e meio de pontificado, Bento
XVI exortou a olhar para "o enigma da morte com serenidade e esperança", deixando-se
iluminar pela fé na ressurreição. "A fé nos recorda que não devemos ter medo da morte
do corpo: quer vivamos, quer morramos, estamos com o Senhor" _ disse o pontífice,
no Angelus de 5 de novembro do ano passado.
Mas Bento XVI ressalta também,
os estranhos esquecimentos do homem moderno que, muitas vezes, vive como se Deus não
existisse: "O homem moderno ainda espera esta vida eterna, ou considera que ela pertença
a uma mitologia hoje superada? Neste nosso tempo, mais do que no passado, muitas vezes
nos deixamos absorver tanto, pelas coisas terrenas, que se torna difícil pensar em
Deus como protagonista da história e da nossa própria vida. Por sua natureza, porém,
a existência humana tem uma inclinação a algo maior, que a transcende; não se pode
tirar do ser humano o anseio pela justiça, pela verdade e pela felicidade plena" (Audiência
Geral de 2 de novembro de 2005).
"O enigma da morte" _ explica o papa _ entrelaça-se,
portanto, com "a questão de como viver bem, como encontrar a felicidade" e, ao mesmo
tempo, com a espera "de um juízo final que restabeleça a justiça", que tem como medida
o amor de Cristo: "Feliz o homem que doa; feliz o homem que não utiliza a vida para
si mesmo, mas a doa; feliz o homem que é misericordioso, bom e justo; feliz o homem
que vive no amor a Deus e ao próximo. Assim, vivemos bem; assim, não devemos ter medo
da morte, porque estamos na felicidade que vem de Deus e que dura sempre" (Audiência
Geral de 2 de novembro de 2005). (RL)