Encontro inter-religioso pela paz termina em Nápoles com apelo.
(23/10/2007 O Encontro Internacional pela Paz que decorre em Nápoles desde o passado
Domingo conclui-se na noite desta terça-feira com um apelo inter-religioso, onde se
afirma que a religião "não pode nunca justificar a guerra, o ódio ou a violência".
Reunidos em volta do tema "Por um mundo sem violência", os cerca de 200 participantes,
crentes de Igrejas cristãs e outras religiões, reafirmarão o seu apoio à paz, à solidariedade
e ao diálogo. O encontro de Nápoles foi inaugurado por Bento XVI, o qual defendeu
que “as religiões podem e devem oferecer preciosos recursos para construir uma humanidade
pacífica, porque falam de paz ao coração do homem”. O Papa marcou presença na
cidade italiana a convite da Arquidiocese local, que se uniu à Comunidade de Santo
Egídio para promover o Encontro Internacional de líderes religiosos pela paz. Para
além de Bento XVI, marcaram presença na cidade italiana o Patriarca Ecuménico de Constantinopla,
Bartolomeu I; o Arcebispo Primaz da Igreja Anglicana, Rowan Willians; o Rabino chefe
de Israel, Yona Metzger; o reitor da Universidade de Al-Azhar (Egipto), Ahmad Al-Tayyeb,
bem como vários representantes políticos. A iniciativa de juntar líderes das várias
religiões partiu da comunidade católica de Santo Egídio, que procura desenvolver os
caminhos abertos pelo histórico encontro pela paz que João Paulo II convocou para
Assis. Este percurso de 21 anos já atravessou as principais cidades da Itália
e capitais europeias. Segundo os promotores da iniciativa, "num tempo marcado pelo
terrorismo e as guerras, bem como por esforços de diálogo e reconciliação, as religiões
assumiram um papel relevante no espaço público". Ecumenismo, diálogo intercultural,
identidade europeia, perspectivas políticas sobre a África, América Latina e Ásia
foram vários dos temas abordados neste evento.