OBSERVADOR PERMANENTE DA SANTA SÉ NA ONU: PROGRESSOS E DRAMÁTICOS DESAFIOS QUE SE
APRESENTAM AO CONTINENTE AFRICANO
Nova Iorque, 20 out (RV) -Os progressos feitos pela África em termos econômicos
e os desafios urgentes a serem afrontados estiveram no centro do pronunciamento do
observador permanente da Santa Sé na ONU, Dom Celestino Migliore, na 62ª Assembléia
geral da ONU. O tema do encontro, na sede do organismo, em Nova Iorque, é a parceria
para o desenvolvimento da África _ no sétimo ano de criação dessa parceria.
Sinais
positivos em nível de economia, mas ainda muitas situações de conflito e extrema pobreza.
É o quadro da África de hoje, que o Arcebispo Migliore traçou recordando o papel positivo
desempenhado pela parceria da ONU que se identifica com a sigla NEPAD.
Dom
Migliore ressaltou que essa parceria “abre e prepara a África para uma mais vasta
cooperação internacional” e louvou os novos acordos regionais. Mas, realmente, ainda
resta muito a ser feito, reiterou o representante vaticano, recordando o insustentável
nível da dívida de países africanos, os odiosos crimes perpetrados contra os meninos-soldados
e as violências contra as mulheres.
Falando de objetivos, Dom Migliore recordou
que a resolução 61/229, da ONU, os resume muito bem, e ressaltou as prioridades: levar
a África ao mercado mundial “mediante uma justa integração no sistema de comércio
internacional”.
Em seguida, o observador da Santa Sé pediu “investimentos mais
consistentes e a longo prazo no público e no privado, tecnologia, um sistema de instrução
e um sistema de saúde melhores” para a África.
Em particular, reiterou a importância
de “escolarização e formação de competências”. Falou também sobre subsídios para a
agricultura, denunciando os danos que provocam os desequilíbrios no mercado agrícola
internacional.
Por fim, o representante vaticano convidou todos a refletirem
sobre um objetivo de fundo: “defender os governos e os povos africanos a fim de que
sejam protagonistas na promoção da paz e do desenvolvimento econômico e social de
seu continente”. (RL)