MENSAGEM DE BENTO XVI À UNESCO: COLABORAÇÃO ENTRE OS POVOS FAÇA PROGREDIR UMA VERDADEIRA
CULTURA DE PAZ NO MUNDO
Cidade do Vaticano, 18 out (RV) - Trabalhem "por uma verdadeira cultura de
paz no mundo": foi essa, em síntese, a mensagem de Bento XVI aos participantes da
34ª Conferência Geral da UNESCO (Organização das NN.UU. para a Educação, a Ciência
e a Cultura) inaugurada nesta terça-feira, dia 16, em Paris, França.
O papa
expressou seu pensamento, num telegrama enviado ao observador da Santa Sé junto a
esse organismo da ONU, Mons. Francesco Follo, que ontem, quarta-feira, celebrou a
santa missa para os delegados da conferência.
Que os trabalhos da 34ª Conferência
Geral da UNESCO possam fazer progredir, "de modo significativo, a colaboração entre
os povos, em prol de uma verdadeira cultura de paz no mundo". Foi o desejo formulado
pelo pontífice, no telegrama assinado pelo cardeal secretário de Estado, Tarcisio
Bertone. Mons. Follo leu, na tarde de ontem, as palavras de Bento XVI, durante a celebração
presidida, em Paris, na Igreja de São Francisco Xavier.
Mons. Follo evidenciou,
de modo particular, o chamado do Santo Padre à unidade, no dia em que a Igreja recorda
a figura de Santo Inácio de Antioquia, que se definia "um homem a quem havia sido
confiado o dever da unidade".
Participaram da celebração _ que o representante
vaticano quis como momento de oração aberto aos fiéis de todos os credos _ cerca de
quarenta delegações.
"Cada um de nós, fiel e não-fiel _ disse Mons. Follo em
sua homilia _ deseja a felicidade, e como Ulisses _ que, navegando no Mediterrâneo,
encontrou a paz, retornando à sua pátria, Ítaca _ também nós podemos encontrar a felicidade
na nossa casa, e a Igreja _ acrescentou _ também é casa."
O representante vaticano
acrescentou que a Igreja é lugar de agregação da humanidade e que as casas que se
constroem em torno dela são sinais visíveis disso. "Não há casas sem igrejas" _ concluiu
Mons. Follo, citando o poeta inglês, Thomas Eliot, e afirmando que Deus é a morada
do homem, e que a Igreja _ enquanto morada de Deus _ é também morada do homem. (RL)