2007-10-11 16:52:51

Apoiar todas as iniciativas que favoreçam um reconciliação sincera e duradoura na península coreana: o Papa ao novo Embaixador coreano


A Santa Sé “apoia todas as iniciativas visando uma reconciliação sincera e duradoura” na península coreana, para que se ponha termo às hostilidades e aos contrastes ainda em aberto: assegurou Bento XVI, recebendo nesta quinta-feira de manhã no Vaticano o novo Embaixador da Coreia junto da Santa Sé. O Papa encorajou os esforços da comunidade internacional para promover a paz entre as Coreia e na região. Sublinhando que o autêntico progresso se constrói “sobre a honestidade e a confiança”, Bento XVI exortou o povo coreano a empenhar-se num “diálogo aberto e frutuoso”, trabalhando para “aliviar o sofrimento de quantos sofrem pelas feridas” devidas à separação. Todos os Estados “estão chamados a assegurar um mundo mais estável e seguro”. O Papa exprimiu a esperança de que a participação de diversas nações nas negociações de paz entre as Coreias possa levar também “à cessação dos programas visando o desenvolvimento e a produção” de armas de destruição de massa.

Tendo em conta os progressos obtidos pela Coreia no campo da biotecnologia, o Papa referiu-se também expressamente à investigação sobre as células estaminais, advertindo que estas aplicações devem sempre respeitar a dignidade da vida humana. “Em nenhuma circunstância – recordou – se deve manipular um ser humano, ou tratá-lo como mero instrumento de experimentação”. A destruição de embriões humanos para a aquisição de células estaminais ou para outras finalidades – prosseguiu – contradiz a intenção de investigadores e legisladores, isto é, a promoção do bem do homem. “A Igreja não hesita em aprovar e encorajar a pesquisa sobre as células estaminais somáticas”. E isso por dois motivos: por um lado, pelos bons resultados obtidos através destas metodologias; por outro lado, porque estão em harmonia com “o respeito da vida do ser humano em cada estádio da sua existência”. O Papa recordou que os coreanos têm recusado as práticas de clonação humana. Uma recusa – foram estes os seus votos – que poderá ajudar a comunidade internacional a considerar com atenção as “profundas implicações éticas e sociais da investigação científica e das suas aplicações”.

Bento XVI não deixou de sublinhar o extraordinário crescimento da Igreja Católica na Correia, devido também ao heróico exemplo de homens e mulheres que deram a vida por Cristo e pelos irmãos. O seu sacrifício recorda-nos a urgência de perseverar na fidelidade à verdade - sublinhou. Infelizmente, no mundo pluralista de hoje, alguns chegam até mesmo a negar a importância da verdade. E contudo, “a verdade permanece a única base segura para a coesão social”. A verdade “não depende do consenso, mas precede-o e torna-o possível, gerando uma autêntica solidariedade humana”.

Considerando o poder da verdade para unir os povos e sempre atenta ao desejo da coexistência pacífica – declarou o Papa – a Igreja empenha-se em reforçar a harmonia social tanto na vida eclesial como na vida cívica. Mais ainda: a Igreja não se cansa de proclamar a verdade sobre a pessoa humana “como conhecida através da razão natural e plenamente manifestada através da revelação divina”.








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