2007-10-10 17:11:07

CHINA ACUSA O DALAI LAMA DE APOIAR "SEITAS MALÉFICAS"


Pequim, 10 out (RV) – A China acusou o Dalai Lama Tenzin Gyatso, nos dias passados, de apoiar "seitas maléficas" como a japonesa "Verdade Suprema", responsável pelo atentado no metrô de Tóquio, em 1995, ou a "Falun Gong", movimento espiritual proibido por Pequim, na década de 90.

"O apoio do Dalai Lama permitiu que Shoko Asahara (ex-líder da seita "Verdade Suprema) pudesse passar de trapaceiro e charlatão a professor religioso" _ afirma um artigo divulgado ontem, pela agência de notícias oficial chinesa Xinhua.

O texto arremete contra o que define de "tumor maligno dos cultos maléficos" e denuncia que Tenzin Gyatso _ 14º Dalai Lama _ enviou às autoridades japonesas uma série de cartas de recomendação, nas quais louvava as capacidades de Asahara.

Tais recomendações _ segundo Pequim _ permitiram que Asahara e seu movimento propagassem seu credo e gozassem da isenção de impostos.

Sobre o suposto apoio do Dalai Lama à "Falun Gong", o artigo da Xinhua acusa o líder religioso e político tibetano de "conspirar" junto com Li Hongzhi, líder desse movimento espiritual.

A "Falun Gong", que chegou a ter 80 milhões de seguidores na China, denunciou vários líderes chineses, por presumíveis delitos de genocídio e pela prática de torturas.

O Dalai Lama exilou-se na Índia em 1959, depois do fracasso de uma rebelião tibetana contra a ocupação do Tibete por parte da China, na qual morreram 87 mil tibetanos. Ele vive em Dharamsala, de onde lidera o chamado "governo tibetano no exílio".

O líder tibetano _ prêmio Nobel da Paz-1989 _ acusa a China de ter perpetrado um "genocídio cultural" no Tibete, facilitando a emigração maciça de chineses da etnia majoritária "Han", para uma região que, por séculos", viveu isolada do mundo exterior.

Por sua vez, Pequim considera o Dalai Lama como um "agitador político" empenhado em corroer a unidade da China e assegura que ele está num "beco sem saída". (AF)








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