2007-10-08 15:20:25

A basílica de São Pedro deve ser um “autêntico lugar de oração, de adoração e de louvor ao Senhor”: Bento XVI, recebendo os Cónegos do Vaticano



Bento XVI recordou que remonta aos tempos de São Gregório Magno (século VI) “a presença ininterrupta de clero orante na basílica do Vaticano”: “uma presença contínua, propositadamente discreta, mas fiel e perseverante”. Contudo, rigorosamente – observou - este foi criado em 1053, quando o Papa Leão IX confirmou ao arcipreste e aos cónegos de São Pedro, estabelecidos no mosteiro de Santo Estêvão Maior, as possessões e os privilégios concedidos pelos seus antecessores. E foi em meados do século XII, “no pontificado de Eugénio IV, que o Capítulo assumiu as características de uma comunidade bem estruturada e autónoma”. Houve, portanto, “uma longa e gradual passagem de uma estrutura monástica, colocada ao serviço da basílica, até à actual estrutura de Cabido”.
Bento XVI referiu os “múltiplos campos de empenho” nos quais se desdobraram, desde o início, as actividade capitulares: o âmbito litúrgico, para a celebração coral e para o cuidado quotidiano dos serviços ligados ao culto; o âmbito administrativo, para a gestão do património da basílica; o sector pastoral, em que tocava ao Cabido a assistência à população que vivia nas imediações de São Pedro (“o burgo”); finalmente o campo caritativo, em que o Cabido desempenhava formas assistenciais próprias e outras em colaboração com o hospital do Espírito Santo e outras instituições.
“No século passado, especialmente nas últimas décadas – observou Bento XVI – a actividade do Cabido, na vida da basílica do Vaticano, foi-se progressivamente orientando para a redescoberta das suas verdadeiras funções originárias, que consistem sobretudo no ministério da oração”.
“Se a oração é importante para todos os cristãos, para vós, caros irmãos, é uma tarefa, uma profissão por assim dizer… A oração é serviço ao Senhor, Que merece ser sempre louvado e adorado, e é ao mesmo tempo testemunho para os homens. E onde Deus é fielmente louvado e adorado, nunca falta a Sua bênção. Eis portanto a natureza própria do Cabido do Vaticano, e o contributo que de vós espera o Papa:
/ recordar com a vossa presença orante junto túmulo de Pedro que nada se pode colocar acima de Deus; que a Igreja está toda orientada para Ele, para a sua glória; que o primado de Pedro está ao serviço da unidade da Igreja e que esta, por sua vez, está ao serviço do projecto salvífico da Santíssima Trindade”.
Dirigindo-se aos Cónegos do Vaticano como “queridos e venerados Irmãos”, Bento XVI exprimiu a “grande confiança” que neles deposita, e no respectivo ministério, “para que a basílica de São Pedro possa ser um autêntico lugar de oração, de adoração e de louvor ao Senhor”.
“Neste lugar sagrada, aonde chegam todos os dias milhares de peregrinos e turistas de todo o mundo, é necessário – mais do que noutros sítios – que exista junto do túmulo de Pedro, uma comunidade estável de oração, que garanta continuidade com a tradição e ao mesmo tempo interceda pelas intenções do Papa no hoje da Igreja e do mundo”.








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