Bento XVI pede justiça social e fala dos perigos para a paz e o ambiente: o Papa segue
com trepidação os acontecimentos em Myanmar
(1/10/2007) Nas palavras proferidas antes da recitação do Angelus Bento XVI deteve-se
sobre a parábola do homem rico e do pobre Lázaro que o Evangelho propõe á atenção
neste Domingo. O rico personifica o uso egoísta da riqueza, unicamente para satisfazer
os próprios desejos de luxo, sem se preocupar com mo pobre á sua porta. O pobre pelo
contrário representa a pessoa de que, somente Deus se preocupa. Contrariamente ao
rico, cujo nume desconhecemos, o pobre chama-se Lázaro que significa “Deus ajuda-o”.
Esta parábola – disse o Papa – presta-se para uma leitura social, evocando a este
propósito a encíclica de Paulo VI Populorum Progressio. “Trata-se de
construir um mundo no qual cada homem ….possa viver uma vida plenamente humana…em
que o pobre Lázaro possa sentar-se á mesma mesa do rico”. A Causa das numerosas
situações de miséria que se vivem no mundo são por um lado a servidão que vem dos
próprios seres humanos, e por outro, o insuficiente domínio da natureza. Infelizmente
– prosseguiu Bento XVI – algumas populações sofrem de ambos os factores. E a este
propósito recordou de maneira particular os países da africa subsariana, atingidos
recentemente por graves inundações. Mas o Papa não deixou de lado tantas outras
situações de emergência humanitária em varias regiões do planeta, nas quais os conflitos
pelo poder politico e económico agravam as situações ambientais por si já difíceis
. E recordou que o apelo lançado por Paulo VI na Populorum Progressio conserva hoje
toda a sua actualidade. “ Os povos que sofrem pela fome interpelam de forma dramática
os povos da opulência. E a concluir Bento XVI pediu a Nossa Senhora que nos ajude
a tornarmo-nos mais atentos aos irmãos necessitados a fim de partilhar com eles o
muito ou o pouco que temos, e contribuir, começando cada um de nós a difundir a lógica
e o estilo da autentica solidariedade. Depois da recitação do Angelus o Papa referiu-se
ás situações que estão a viver os povos de Myanmar e da Península coreana. “Sigo
com atenção os gravíssimos acontecimentos deste dias no Myanmar e desejo manifestar
a minha proximidade espiritual àquela querida população no momento da dolorosa provação
que está a atravessar. Ao mesmo tempo que asseguro a minha solidária e intensa oração,
convido a Igreja a fazer o mesmo e desejo ardentemente que seja encontrada uma solução
pacifica, para o bem do país. Recomendo também ás vossas orações a situação na
península coreana, onde a importante evolução no diálogo entre as duas Coreias deixam
esperar que os esforços de reconciliação em curso possam consolidar-se a favor do
povo coreano e em beneficio da estabilidade e da paz em toda a região