Nairóbi, 27 set (RV) – No Quênia, a campanha eleitoral ainda não começou, mas
a violência partidária está-se inflamando a cada dia, e os comícios políticos são
sempre mais perigosos.
No espaço de apenas um mês, a Igreja Católica no Quênia
já publicou três mensagens, apelando ao senso cívico e à dignidade do exercício eleitoral.
Ao mesmo tempo, condena os excessos verificados. Se a três meses das eleições, já
estamos num verdadeiro clima de batalha, o que será daqui a algumas semanas, quando
se saberá a data exata do pleito eleitoral? _ questiona a Igreja.
O direito
democrático, a opinião política e o direito à livre informação e à livre escolha dos
governantes estão em grave risco, e o progresso econômico e social alcançado nos últimos
anos podem ser vítimas deste banditismo – afirmam os bispos quenianos.
Na última
sexta feira, 21 de setembro, três membros da direção do Movimento Democrático Laranja
(ODM) foram atacados e feridos, num encontro organizado pelo Partido Popular (FORD).
No mesmo dia, membros do ODM provocaram desordens, num comício organizado pelo ODM-K
(Movimento Democrático Laranja do Quênia). Dias antes, um comício do partido NARC-K,
Coligação Arco-íris do Quênia, foi perturbado por membros do ODM-K.
Nos casos
de violência interpartidária, é clara o componente tribal, já que os partidos _ no
Quênia _ são regionalizados e "tribalizados". (CM/AF)