2007-09-26 15:39:31

TUTELA EFICAZ DO AMBIENTE DEPENDE DE ACORDO REAL ENTRE ESTADOS


Nova York, 25 set (RV) - "O futuro em nossas mãos: afrontar o desafio das mudanças climáticas apresentado aos líderes": esse foi o tema da conferência que se realizou ontem, segunda-feira, na sede da ONU, em Nova York. Uma reunião da qual participaram mais de 150 países, e que teve a finalidade de lançar as bases para um novo acordo "salva-clima" em vista do vencimento do Protocolo de Kyoto, fixado para 2012.

Participou da consulta uma delegação vaticana, chefiada pelo subsecretário da Santa Sé para as Relações com os Estados, Mons. Piero Parolin, que nos diz com qual mensagem a Santa Sé participou dessa conferência...

Mons. Piero Parolin:- "Na esteira do que recentemente disse o Santo Padre sobre esse tema, diria que a nossa mensagem pode se resumir em alguns pontos: o primeiro é que a questão das mudanças climáticas e a questão da degradação ambiental se inserem na ordem dos imperativos morais. A Santa Sé não pode propor soluções concretas, contingentes, mas quer reiterar essa dimensão fundamental que pode suscitar respostas adequadas ao próprio problema. Depois, há um segundo ponto: pode-se aplicar à proteção do ambiente aquela "responsabilidade de proteger" que, na terminologia da ONU, é usada, como bem se sabe, num contexto diverso. Os Estados devem ainda encontrar uma estratégia comum, a partir da convicção de que ninguém pode resolver sozinho, esses problemas, e a partir da necessidade de deixar de lado os interesses particulares, para tomar uma ação comum. O último ponto que gostaria de ressaltar, é que é necessário, nesse campo como em outros, passar verdadeiramente das palavras aos fatos concretos."

P. Mons. Parolin, essa conferência de Nova York foi um prelúdio da conferência de Bali, na Indonésia, programada para dezembro, onde se deverá selar um acordo internacional "salva-clima". Quais são as esperanças para esta próxima etapa?

Mons. Piero Parolin:- "Parece-me que as esperanças nascem justamente deste encontro de alto nível. Evidentemente, o problema é muito complexo, porém _ ao menos daquilo que eu percebo _ existe a vontade de dar respostas viáveis, de dar respostas concretas, porque se tem a convicção de que disso depende o presente e o futuro da humanidade." (RL/AF)







All the contents on this site are copyrighted ©.