2007-09-26 13:10:43

Desafios para os lideres politicos na 62ª sessão da Assembleia Geral da ONU em Nova Iorque:da pobreza ás alterações climatéricas; os conflitos no Médio Oriente, Afganistão e Iraque,combate pela democracia e luta contra o extremismo e o terrorismo


(26/9/2007) Ban Ki-moon, secretário geral da ONU, invocou esta terça feira uma "série intimidadora de desafios" que os líderes políticos têm de enfrentar.
Ban Ki-moon usava da palavra na abertura da 62.ª sessão da Assembleia Geral da ONU, em Nova Iorque, onde 193 oradores - 99 dos quais são chefes de Estado - usarão da palavra até ao próximo dia 3 de Outubro.

Vários discursos eram e são aguardados com particular interesse - além de Ban Ki-moon, contam-se as intervenções de George W. Bush, de Nicolas Sarkozy e do presidente iraniano, Mahmud Ahmadinejad -, neste ritual da Assembleia Geral da ONU, onde se permite que cada chefe de Estado ou de Governo (embora alguns países se façam representar apenas pelos respectivos ministros dos Negócios Estrangeiros) use da palavra durante 15 minutos.

No seu primeiro discurso como secretário geral da ONU, Ban Ki-moon referiu-se a uma "série intimidadora de desafios", que vão da pobreza às alterações climatéricas, passando pelo conflito do Darfur. Para o dirigente da ONU, o ano 2008 "deverá ser um dos mais exigentes da história" das Nações Unidas. Por outro lado - disse - a resolução do conflito no Médio Oriente "é vital" para a estabilidade daquela região e do Mundo. Ban Ki-moon - diplomata sul-coreano, que iniciou a sua intervenção em Inglês - concluiu o discurso, em Francês, para salientar que "o multilateralismo está de volta" e que "um Mundo cada vez mais interdependente reconhece que a ONU representa o melhor meio - efectivamente, único - para fazer face aos desafios do futuro".

O discurso do novo presidente da França, Nicolas Sarkozy, era também aguardado com bastante expectativa. O dirigente francês advogou o acesso dos países emergentes e em desenvolvimento à energia nuclear para fins civis, na condição de que renunciem a qualquer ideia de programa nuclear militar. "O nuclear não é um palavrão. A França optou pelo nuclear, mas não o quer impor a ninguém", adiantou Sarkozy, que salientou "Mas diremos que, dentro de um século, não haverá gás e, dentro de 40 a 50 anos, não haverá petróleo. Não podemos, pois, limitar-nos a dizer que o nuclear mete medo, que não se fala dele (...) É necessário falar do nuclear, tal como de todas as outras energias renováveis", disse Nicolas Sarkozy.

No seu discurso o presidente dos Estados Unidos da América (EUA), George W. Bush, criticou energicamente os governos da Birmânia e do Zimbabwe, mas limitou-se a fazer uma breve referência ao regime iraniano. George W. Bush - cujos anteriores discursos na ONU, em Nova Iorque, tiveram muitas vezes o tom da confrontação – esta terça feira optou por louvar a cooperação e não se deteve sobre o Iraque, que é o imbróglio da sua Administração. O presidente dos EUA associou o Iraque, o Afeganistão e o Líbano num mesmo combate pela democracia e contra o extremismo e o terrorismo.

Recorda-se que, neste ritual de discursos, compete a cada país decidir sobre os assuntos a abordar nas respectivas intervenções.

Apesar de não haver uma agenda estabelecida, os discursos dos vários representantes dos países tidos como importantes são sempre escutados com muita atenção, na medida em que podem revelar desvios ou alterações nas políticas externas dos respectivos governos.

José Sócrates, primeiro-ministro português, discursou esta terça feira perante a Assembleia Geral da ONU, em nome dos 27 estados membros da União Europeia (UE). Segundo a agência noticiosa Lusa, o chefe do Governo português exortou o regime militar da Birmânia a respeitar os direitos humanos e a não usar a violência para reprimir manifestações pacíficas". Entretanto, à margem desta 62.ª sessão Assembleia Geral da ONU, Sócrates revelou à Imprensa ter garantias do empenhamento dos líderes africanos na realização da próxima 2.ª Cimeira União Europeia/África, em Lisboa. Neste contexto, o primeiro-ministro português esteve reunido com o presidente de Angola, José Eduardo dos Santos, e com o presidente da União Africana e chefe de Estado do Gana, John Kufuor.








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