Ambiente: responder aos problemas com acções colectivas deixando de lado os interesses
pessoais
(26/9/2007) Nenhum país pode resolver sozinho os problemas relativos ao ambiente,
devemos superar os interesses pessoais com acções colectivas. Isto pressupõe, da parte
da comunidade internacional, a adopção de uma estratégia internacional coordenada,
eficaz e rápida, capaz de responder a uma questão tão complexa. Foi o que afirmou
D. Pedro Parolin, subsecretario da Secretaria de Estado para as Relações com os Estados,
intervindo na 62ª sessão da Assembleia geral da ONU dedicada ás mudanças climatéricas.
D. Parolin sublinhou o facto da ciência ligar a actividade humana á mudança do clima
mas tal avaliação não deveria ser nem exagerada nem minimizada em nome da politica,
das ideologias e dos interesses de parte. Sobretudo deveria ser aprofundada ulteriormente
para assumir decisões politicas eficazes. Daqui o distanciamento da “ecologia
humana” expressa por alguns comentadores, uma parte dos quais defende a ideia que
deveríamos explorar o mundo sem pensar nas consequências, enquanto que a outra considera
a terra como o único bem e a humanidade uma ameaça que se deve controlar com vários
meios drásticos. Uma estratégia eficaz pelo contrário encontraria instrumentos
economicamente acessíveis á maior parte dos países e capazes de favorecer um desenvolvimento
sustentável e um ambiente são. O aspecto económico deveria ser considerado seriamente
a partir do momento que as nações pobres e sectores da sociedade são particularmente
vulneráveis ás consequências adversas da mudança do clima, por causa dos menores
recursos e capacidades para atenuar os seus efeitos. É previsível – concluiu o
subsecretario da Secretaria de Estado para as relações com os estados – que tais programas
de atenuação do problema climático encontrarão obstáculos não tanto de natureza tecnológica
mas social, como é o caso do comportamento dos consumidores e as opções politicas
dos governos. Devemos apostar na educação, especialmente dos jovens para mudar
a sua atitude egoísta em relação á exploração dos recursos humanos e ao mesmo tempo
sobre os governos que, financiando tecnologias em defesa do ambiente, darão ao sector
privado o sinal da necessidade de desenvolver produtos nesta direcção.