O drama das inundações em África: apelo da Caritas
(24/9/2007) A confederação internacional da Cáritas lançou um alerta para a situação
de 1,5 milhões de pessoas atingidas pelas piores inundações das últimas décadas. Os
países atingidos vão da Mauritânia, na costa atlântica, até ao Quénia, no Índico,
passando pelo Burkina Faso, Togo, Gana, Etiópia, República Democrática do Congo e
Uganda. Só no Uganda as inundações já deixaram 18 mortos e 500 mil desabrigados
no país, além de destruir plantações em diversas zonas. No Quénia, a chuva está a
dificultanr o trabalho dos serviços de salvamento e o envio de ajuda humanitária,
com 6 mil pessoas "totalmente isoladas". Vincent Sebukyu, da Cáritas Uganda, considera
que a situação é "terrível". "As pessoas foram forçadas a sair das suas casas, em
busca de zonas mais elevadas, mas muitas dessas áreas também foram afectadas e estão
fora do nosso raio de acção", alerta. Africanus Diendong, da Cáritas Gana, indica
que "aquilo de que as pessoas precisam mais urgentemente é de comida". Há comunidades
inteiras completamente isoladas a que só se consegue chegar por barco e, para piorar
a situação, continua a chover. Estas são as piores inundações na África em 30
anos, com mais de 300 mortos e deslocados em 18 países. Na África Ocidental, pouco
habituada a fortes chuvas, as inundações têm provocado situações catastróficas, destruindo
plantações e infra-estruturas.