Congregar esforços na educação da juventude e na promoção dos valores fundamentais
que são património da Europa: os votos do Papa ao receber, quinta-feira, em Castelgandolfo,
o novo Embaixador da Eslováquia
A 14 anos do estabelecimento de relações diplomáticas entre a Santa Sé e a República
Eslovaca, o Papa congratulou-se com a “cooperação especialmente fecunda” que tem marcado
as recíprocas relações, como prova o Acordo Base para as relações entre a Igreja e
o Estado, subscrito no ano 2000. Contudo, o Papa recordou que, até ao momento, só
dois dos quatro pontos do referido Acordo foram até agora ratificados pelo governo,
fazendo portanto votos de que os outros dois – referentes à objecção de consciência
e ao financiamento das actividades da Igreja. “Os esforços conjugados da Igreja
e da sociedade civil para a instrução dos jovens nos caminhos do bem – observou o
Papa – são dos mais cruciais num tempo em que existe uma tentativa de desacreditar
os valores do matrimónio e da família, vitais para o sua felicidade futura e para
a estabilidade social da nação. A família é o núcleo é o núcleo em que a pessoa começa
a aprender o amor humano e a cultivar as virtudes da responsabilidade, generosidade
e atenção fraterna. Famílias fortes contribuem para a construção de casamentos sólidos.
Sociedades sólidas edificam-se com famílias sólidas.” Recordando a posição geográfica
e histórico-cultural da Eslováquia em plena Europa central, Bento XVI sublinhou que
“a rica herança cultural e espiritual (do país) fornece um grande potencial para revitalizar
a alma do Continente europeu”. O Papa exprimiu a esperança e convicção de que “as
celebrações dos 1150 anos de São Cirilo e São Metódio hão-de contribuir para reforçar
o testemunho dos valores perenes”, inspirando também outros Estados membros da União
Europeia a reforçar a sua unidade no reconhecimento da diversidade, respeitando a
soberania nacional (de cada país), mas congregando esforços em vista do progresso
económico promovendo a justiça social”.