Johannesburgo, 07 set (RV) - A crise econômica e política que assola Zimbábue
gera uma fuga maciça da população, para as nações vizinhas. O país apresenta um elevado
índice de inflação e sofre de uma escassez de comida e combustível que já se tornou
crônica.
Na África do Sul, a Igreja Metodista de Johannesburgo se tornou um
centro de acolhimento de refugiados zimbabuanos. A cada dia, cerca de 30 novos imigrantes,
entre eles crianças, procuram o templo do bispo Paul Verryn. "Se não fosse a igreja,
eu provavelmente estaria nas ruas" _ declarou uma das abrigadas.
Os acolhidos
dispõem de médicos voluntários e de um grande número de professores. Para poder permanecer
no abrigo, os residentes devem obrigatoriamente se envolver em atividades educativas.
O bispo Verryn declara que o crescente número de zimbabuanos nas ruas de Johannesburgo
é um problema que não pode mais ser ignorado. O bispo registra todas as pessoas que
chegam à sua igreja: cerca de 3.500 nos últimos 18 meses.
Estima-se que, na
África do Sul, vivam três milhões de zimbabuanos. (EP/AF)