NO AVIÃO QUE O LEVOU A VIENA, PAPA DIZ QUE DIÁLOGO COM OUTRAS RELIGIÕES DEVE PROSSEGUIR
Cidade do Vaticano, 07 set (RV) - Como é tradição, o Papa manteve uma conversa
informal com os jornalistas, no avião que o levou de Roma a Viena.
Bento XVI
iniciou, declarando que sua viagem não é política, mas sim uma peregrinação, cujo
objetivo mais importante é conscientizar os austríacos de suas raízes cristãs. O papa
frisou que seu objetivo é confirmar o povo austríaco na fé, porque hoje, "precisamos
de Deus, e a vida sem Deus perde a orientação". Nesse sentido, insistiu com os jornalistas
que "a humanidade está precisando de Cristo".
Uma vez mais, o pontífice criticou
o relativismo: esta doutrina afirma que as verdades (morais, religiosas, políticas,
científicas, etc.) variam conforme a época, o lugar, o grupo social e os indivíduos.
Segundo o papa, essa atitude faz com que o bem e o mal se tornem coisas indistintas.
Questionado sobre as dificuldades vividas pela Igreja Católica na Áustria,
nos últimos tempos, Bento XVI aproveitou a ocasião para agradecer a todos _ leigos
e religiosos _ que sofreram, nos anos passados, mas permaneceram fiéis à Igreja, e
que sempre reconheceram a face de Cristo.
Concluindo, recordou que, no encontro
de hoje, na Praça dos Judeus, durante a prece no memorial pelas vítimas austríacas
do Nazismo, sua intenção seria expressar "a tristeza, o arrependimento e a amizade
aos irmãos judeus, e o desejo de prosseguir no diálogo". Um diálogo _ ressaltou _
que deve também, obviamente, "ir avante com as outras confissões cristãs e com os
muçulmanos". (CM/AF)