Criação de embriões hibridos, um acto monstruoso contra a dignidade humana
(6/9/2007) A Autoridade Britânica de Fertilidade Humana e Embriologia (HFEA) deu,
de facto , nesta Quarta-feira, a sua aprovação "de princípio" à polémica criação de
embriões a partir da integração de ADN humano em óvulos de animais. O presidente
da Academia Pontifícia para a Vida (APV), o Bispo Elio Sgreccia, considera que esta
decisão é "um acto monstruoso que vai contra a dignidade humana". Em declarações
à Rádio Vaticano, D. Sgreccia referiu que "é necessário que a comunidade científica
se mobilize o mais rapidamente possível". "Acreditamos que o governo britânico cedeu
perante os pedidos, sem dúvida imorais, de um grupo de cientistas", acrescentou. A
decisão da HFEA foi justificada com a necessidade de amenizar a falta de ovócitos
humanos destinados à clonagem de embriões com fins terapêuticos, acto permitido na
Grã-Bretanha, ao contrário de outros países europeus. O presidente da APV lembra
que este tipo de embriões eram os únicos "excluídos da fecundação artificial em todos
os códigos internacionais, por serem considerados ofensivos à dignidade humana, pelo
risco de se produzirem monstros e, portanto, por um facto moral altamente significativo".
Quanto às justificações avançadas por quem defende a decisão, sobretudo com as
possibilidades terapêuticas que alegadamente se abrem, o Bispo italiano refere que
"o bem deve ser feito com meios bons, caso contrário aplicamos o maquiavelismo à ciência
e à investigação científica".