GOVERNO FILIPINO REJEITA PEDIDO DA IGREJA CONTRA ABU SAYYAF
Manila, 04 set (RV) - O governo filipino rejeitou o pedido da Igreja Católica,
para pôr fim à ofensiva contra o grupo radical islâmico Abu Sayyaf, ativo no sul do
arquipélago.
De acordo com o novo ministro da Defesa, Gilberto Teodoro, pôr
fim à ofensiva só levaria a mais atentados terroristas e equivaleria a render-se diante
do terrorismo e dos criminosos. Gilberto Teodoro precisou que as operações de combate
têm sido executadas de forma cirúrgica, para impedir "danos colaterais", acrescentando
que, até o momento, a ofensiva militar não provocou a morte de nenhum civil.
Nesta
segunda-feira, a Conferência Episcopal Filipina pediu ao Executivo, o fim das operações
contra Abu Sayyaf, pelo menos durante o mês santo muçulmano do Ramadã, de maneira
que as famílias da região possam seguir adiante com suas vidas, destacando que os
mais prejudicados nas atuais circunstâncias são as crianças.
Um número indeterminado
de guerrilheiros continua entrincheirado nas montanhas de Basilan, onde, em 10 de
julho passado, foram decapitados e mutilados 10 soldados, fato que fez o governo aumentar
a ofensiva contra o Abu Sayyaf.
O Abu Sayyaf, fundado em 1991 por ex-combatentes
da guerra do Afeganistão contra a União Soviética, é considerado um grupo terrorista
por Washington e Manila. Atribui-se ao grupo alguns dos atentados mais sangrentos
dos últimos anos, nas Filipinas. (BF/AF)