Papa dedica audiência geral a São Gregório de Nissa e refere com preocupação os incêndios
que têm afectado variados países europeus
(29/8/2007) Na conclusão da audiência geral desta quarta-feira, na Praça de São Pedro,
Bento XVI referiu com preocupação os “desastrosos incêndios” que têm afectado “a Grécia,
a Itália e outras nações europeias”, condenando com vigor as “acções criminosas” dos
pirómanos, que com o “seu comportamento irresponsável” “põem em risco a incolumidade
das pessoas e destroem o património ambiental, bem precioso de toda a humanidade”.
“Uno-me a todos os que justamente estigmatizam tais acções criminosas e convido todos
a rezarem pelas vítimas destas tragédias”.
A catequese desta audiência
geral, dedicou-a Bento XVI a São Gregório de Nissa, “um dos grandes teólogos da Capadócia,
no século IV, juntamente com o seu irmão Basílio e seu amigo Gregório de Nazianzo”,
aos quais o Papa tinha consagrado as alocuções das últimas quartas-feiras.
“São
Gregório de Nissa – referiu o Papa – “destaca-se na história do cristianismo como
um pensador original e profundo, aberto à cultura da sua época”. “Eleito bispo de
Nissa, conquistou a estima daquela comunidade pelo seu zelo pastoral. Participou no
Concílio de Constantinopla, que definiu a divindade do Espírito Santo. “Com a
sua aguda inteligência, defendeu contra os herejes a verdade da natureza divina do
Filho e do Espírito Santo, assim como a perfeita humanidade de Cristo. Além disso,
Gregório compôs vários tratados de doutrina espiritual em que ensina o caminho que
leva à perfeição. Afirmava que na criação não há nada maior e mais belo do que o ser
humano, criado por Deus como reflexo da beleza divina. Purificando o seu coração,
o homem pode voltar a ser, como no princípio, uma límpida imagem de Deus. Ensinava
que a pessoa humana tem como fim a contemplação de Deus, que se pode antecipar já
neste mundo através de uma vida espiritual cada vez mais perfeita.”
Para
São Gregório de Nissa – concluiu o Papa, “a plena realização do homem consiste na
santidade”.
Entre os peregrinos presentes desta vez na Praça de São Pedro,
encontrava-se um grupo proveniente de Lisboa, saudado por Bento XVI na nossa língua:
Amados
irmãos e irmãs! Saúdo cordialmente quantos me ouvem de língua portuguesa: em particular
ao grupo de portugueses da Paróquia de Nossa Senhora do Carmo de Lisboa. Sejam todos
bem-vindos! Grato pela vossa presença, desejo-vos todo o bem; e que Roma vos confirme
na fé e nos propósitos de vida e de testemunho cristão. É o que imploro para todos,
por Nossa Senhora, com a Bênção Apostólica.