2007-08-25 20:07:23

"MUROS DA INFÂMIA" DENUNCIAM RELIGIOSOS PEDÓFILOS NA COLÔMBIA


Bogotá, 25 ago (RV) - Os responsáveis pela criação dos "Muros da infâmia", em Bogotá, Colômbia, que expõem fotografias de pessoas condenadas por abusos sexuais, anunciaram, nesta sexta-feira, que promoverão versões especiais para membros de Igrejas que forem condenados pelo mesmo delito.

A vereadora Gilma Jiménez, que liderou, na Câmara de Bogotá, o projeto original, disse que vai propor a idéia de se instaurar murais exclusivos "para mostrar os religiosos envolvidos em delitos sexuais." "Esse procedimento será usado para os sacerdotes católicos, os pastores evangélicos e os líderes de outras religiões que praticam abusos sexuais" _ sugeriu a vereadora.

"Os primeiros que devem ser mostrados nos muros da infâmia são os que utilizam sua condição de poder para se aproveitarem das crianças" _ disse a vereadora, em declarações à imprensa colombiana. Ela informou de sua intenção, após o escândalo nascido das recentes denúncias de um sacerdote, em Cali.

Três dias atrás, Pe. Germán Robledo Ángel acusou alguns de seus colegas de atos homossexuais e de violação do celibato, em alguns casos pagos com dinheiro das doações dos fiéis.

Gilma Jiménez lembrou ao cardeal-arcebispo de Bogotá, Pedro Rubiano Sáenz, primaz da Colômbia, que a Igreja Católica deve dar exemplo da verdade e justiça, além da reparação aos menores vítimas de delitos sexuais.

A vereadora destacou ainda que, no ano passado, na Colômbia, ocorreram mais de 20 mil casos de violência sexual, 17 mil perpetradas contra menores de idade, incluindo 15 mil em meninos e meninas menores de 10 anos.

"Calcula-se que cerca de 70% dos casos não são denunciados" _ revelou a vereadora, lamentando que "as condenações sejam poucas, e as penas, vergonhosas." (MJ/AF)







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