Cidade da Guatemala, 22 ago (RV) - A situação da infância na Guatemala é a
pior da América Latina. Os maus-tratos infantis começam dentro de casa e são as meninas
indígenas que sofrem as maiores discriminações, são maltratadas e, em muitas situações,
forçadas a trabalhos não muito dignos.
De acordo com o Fundo das NN. UU. para
a Infância (UNICEF) e com a Defensoria da Mulher Indígena (DEMI), a situação de pobreza
em que vive a maioria da população indígena _ que correspondente a 41% dos 13 milhões
de guatemaltecos _ leva os pais a explorarem suas filhas "tirando delas o direito
de crescer na vida".
Segundo Manuel Manrique, representante do UNICEF na Guatemala,
"dar prioridade à promoção das meninas indígenas é o melhor investimento que o país
pode fazer, para garantir o direito à vida e aplicar corretamente os acordos de paz
no país".
Com a proximidade das eleições presidenciais, que se realizarão no
dia 9 de setembro próximo, crescem as expectativas das organizações que trabalham
com a questão da infância, sobre os programas de governo dos candidatos presidenciais
e dos candidatos a deputados, em relação à infância guatemalteca. (DM/AF)