BISPOS CHILENOS: "SEM JUSTIÇA SOCIAL NÃO HÁ DEMOCRACIA SOCIAL"
Santiago, 23 ago (RV) - Por ocasião do "Mês da solidariedade", o Comitê Permanente
da Conferencia Episcopal do Chile (CECh) divulgou uma declaração intitulada "Sem justiça
social não há democracia integral".
Segundo os bispos, a consciência cristã
do Chile não pode permanecer indiferente ao sofrimento de tantos homens e mulheres
que não conseguem viver com dignidade. "Cremos que o bem-estar das pessoas deve motivar
sempre, as decisões econômicas e políticas públicas, considerando de modo privilegiado
os mais vulneráveis e os mais pobres. Não podemos nos resignar a aceitar a iniqüidade
e a injustiça social como dados da realidade. Não podemos separar a ética da vida
nem da economia" _ afirmam os prelados chilenos.
Os bispos elegem duas questões
que devem ser prioridades para os políticos: a primeira é legislar de modo que as
políticas públicas e os empreendimentos do setor privado promovam a criação de emprego,
especialmente nos setores mais necessitados, e impulsionem a produtividade. A segunda
prioridade é chegar a um acordo que dê à educação, a qualidade e a importância que
ela merece.
Além disso, os bispos fazem um apelo ao diálogo nacional, que
inclua todas as instituições que buscam o progresso do país e das famílias mais pobres.
No final, eles repetem o apelo feito na declaração de 18 de julho, quando afirmam
que os chilenos devem "se fazer ouvir e se abrir para buscar soluções que integrem
os distintos pontos de vista, para resolver os dramáticos problemas de pobreza e trabalho
precário". "Cremos no diálogo e, por isso, fazemos este chamado. Nossa Igreja está
disposta a colaborar, cumprindo, assim, a tarefa que recebeu de Jesus Cristo e pela
qual um dia nos julgará." (BF/AF)